A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) agendou para esta sexta-feira duas análises de vacina contra a covid-19: a da russa Sputnik V, referente a um novo pedido de importação apresentado por governadores, e a da indiana Covaxin, cuja solicitação para autorização de uso foi feita pelo governo federal.
Cinco diretores da Anvisa têm direito a voto e, segundo noticiou hoje o Blog do Tales, no UOL, essa aprovação deve ocorrer, pois três diretores estão decididos a autorizar a importação das vacinas. Entretanto, eles “pressionam a área técnica, especialmente a de Medicamentos, por um relatório menos restritivo”.
O jornalista informa que ainda há restrições em relação à vacina russa, pois “segundo analistas não teria avançado no sentido de superar as restrições apresentadas anteriormente pela agência”.
“Os diretores dispostos a votar a favor avaliam que os pedidos de autorização para importação e distribuição podem ser aceitos, em caráter excepcional e temporário, desde que sejam explicitadas algumas condições, que ainda estão em discussão”, afirma Tales Faria, no UOL.
Os governadores do Consórcio Nordeste encaminharam à Anvisa, no mês passado, os documentos finais para uma reavaliação sobre a vacina russa Sputnik V, cujo pedido de importação e uso foi reprovado pela agência no dia 26 de abril. Entre os documentos está o relatório técnico encaminhado pelo Ministério da Saúde da Federação Russa. Com isso, os governadores da região dizem ter sanado as dúvidas que faltavam e esperam a liberação para importação da vacina.
De acordo com o Blog do Tales, a maior pressão pela aprovação do pedido de distribuição e comercialização da Sputnik V parte dos governadores do Consórcio do Nordeste, formado em sua a maioria por opositores ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Já a vacina indiana Covaxin sofre menos restrições, porém também não atendeu a todos os critérios da área de Medicamentos da Anvisa, pontua o jornalista do UOL.
A aprovação para a Covaxin foi rejeitada inicialmente porque a Anvisa não aprovou a qualidade do laboratório produtor, o Bharat Biotech, após uma inspeção. Pelo menos 20 milhões de doses da vacina são previstas em um acordo de aquisição do governo federal.
UOL
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