A candidata Natália Bonavides (PT) parece acreditar que a Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte não é suficiente para lidar com os supostos ataques que vem sofrendo durante a campanha. Em uma atitude que chamou a atenção, a advogada decidiu recorrer diretamente ao ministro Alexandre de Moraes no STF, denunciando a existência de um “gabinete do ódio” em Natal, voltado para difamá-la. No entanto, essa estratégia levanta dúvidas: será que ela esqueceu que Moraes não faz mais parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)?
A tentativa de criar um factóide ao envolver o STF em uma questão local pode acabar se tornando uma armadilha para a própria candidata. Afinal, será que Natália vai negar que o vídeo que ela mesma publicou durante uma invasão de propriedade privada, em apoio ao MST, é verdadeiro? Ou ainda alegar que é fake a sua defesa do Movimento de Luta nos Bairros (MLB) em ações semelhantes em Natal? E quanto ao projeto de lei que descriminaliza pequenos furtos, do qual ela é coautora, também seria uma invenção?
As questões levantadas contra Natália Bonavides são baseadas em fatos que a própria deputada já assumiu publicamente. Sua denúncia ao STF pode até ter sido uma tentativa de desviar a atenção ou gerar comoção, mas corre o risco de trazer mais problemas do que soluções para sua campanha.
RPires
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