Por Glaucia Paiva
Desde
o último dia 14, o Estado do Rio Grande do Norte vem vivendo momentos
de tensão com o início de uma rebelião no maior presídio do Estado: a
Penitenciária Estadual Dr. Francisco Nogueira Fernandes (Alcaçuz).
Criado como um presídio de segurança
máxima, Alcaçuz está longe de possuir esta qualidade e soma diversas
fugas desde a sua criação. Nos últimos dias o Presídio de Alcaçuz vem
vivenciando uma das maiores rebeliões de sua história, e até do Estado.
Com mais de mil presos totalmente soltos
em toda a unidade prisional e com a presença de duas facções que brigam
pelo poder não apenas de Alcaçuz, mas de todo o Estado, coube à Polícia
Militar tentar amenizar uma crise que já havia sido criada há anos, em
especial nos últimos dois anos, quando os detentos retiraram todas as
grades das celas dos presídios lhes proporcionando o livre acesso na
unidade.
Com a crise no sistema prisional, os
policiais militares de todo o Estado viram suas escalas de serviço
reduzidas para uma jornada de 24h de serviço por 48h de folga. Apesar da
publicação em Boletim Geral informar que é temporária a redução da
escala de serviço, os militares não se agradaram de tal medida.
“Há quem ache que a nossa folga seja
demais, mas só sabe quem está em uma viatura 24 horas por dia, ainda
mais em períodos de crises, como esta que estamos vivenciando em
Alcaçuz”, disse um policial militar ao blog. “Dois dias de folga não dá
nem para se recuperar de um serviço exaustivo como o nosso, que nos
exige atenção redobrada todos os dias”, desabafou.
Outro ponto que alguns militares
reclamou foi o fato de viaturas serem deslocadas à Delegacia Geral de
Polícia para realizar ponto base após os ataques nos últimos dias
atribuídos ao Sindicato do Crime. Em conversa com um policial civil, o
mesmo informou que não houve redução em suas escalas de serviço, mas a
disponibilização de serviços extras remunerados.
Conforme a portaria publicada no Boletim
Geral da Corporação, a redução das escalas se dará por dez dias. Até o
término desses dez dias, o cansaço já é visível nos rostos dos policiais
militares.
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