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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

PM’s reclamam da redução das escalas de serviço durante crise prisional

Por Glaucia Paiva
previsao-concurso-pmrnDesde o último dia 14, o Estado do Rio Grande do Norte vem vivendo momentos de tensão com o início de uma rebelião no maior presídio do Estado: a Penitenciária Estadual Dr. Francisco Nogueira Fernandes (Alcaçuz).
Criado como um presídio de segurança máxima, Alcaçuz está longe de possuir esta qualidade e soma diversas fugas desde a sua criação. Nos últimos dias o Presídio de Alcaçuz vem vivenciando uma das maiores rebeliões de sua história, e até do Estado.
Com mais de mil presos totalmente soltos em toda a unidade prisional e com a presença de duas facções que brigam pelo poder não apenas de Alcaçuz, mas de todo o Estado, coube à Polícia Militar tentar amenizar uma crise que já havia sido criada há anos, em especial nos últimos dois anos, quando os detentos retiraram todas as grades das celas dos presídios lhes proporcionando o livre acesso na unidade.
Com a crise no sistema prisional, os policiais militares de todo o Estado viram suas escalas de serviço reduzidas para uma jornada de 24h de serviço por 48h de folga. Apesar da publicação em Boletim Geral informar que é temporária a redução da escala de serviço, os militares não se agradaram de tal medida.
“Há quem ache que a nossa folga seja demais, mas só sabe quem está em uma viatura 24 horas por dia, ainda mais em períodos de crises, como esta que estamos vivenciando em Alcaçuz”, disse um policial militar ao blog. “Dois dias de folga não dá nem para se recuperar de um serviço exaustivo como o nosso, que nos exige atenção redobrada todos os dias”, desabafou.
Outro ponto que alguns militares reclamou foi o fato de viaturas serem deslocadas à Delegacia Geral de Polícia para realizar ponto base após os ataques nos últimos dias atribuídos ao Sindicato do Crime. Em conversa com um policial civil, o mesmo informou que não houve redução em suas escalas de serviço, mas a disponibilização de serviços extras remunerados. 
Conforme a portaria publicada no Boletim Geral da Corporação, a redução das escalas se dará por dez dias. Até o término desses dez dias, o cansaço já é visível nos rostos dos policiais militares.

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