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19/01/2012 - 
Deputados ratificam apoio a policiais militares
 
   Na manhã desta quarta-feira, 18, a Associação Unidas da Polícia Militar, que  aglutina cerca de nove entidades representativas dos policiais militares do  Estado de Sergipe, reuniu jornalistas em entrevista coletiva para ratificar  resistência à escala elaborada pelo Governo para garantir a segurança durante o  Pré-Caju, a maior prévia carnavalesca do Nordeste que acontece em Aracaju, a  partir desta quinta-feira, 19.
À coletiva, os deputados André Moura (federal) e Capitão Samuel (estadual),  ambos do PSC, participaram do anúncio oficial dos PMs e demonstraram apoio à  decisão dos policiais, que restringe a participação dos policiais de folga no  esquema de segurança pública durante a prévia carnavalesca aos policiais. A  maior reivindicação da categoria é que seja preservado o direito à folga, até  que as reivindicações da categoria sejam atendidas, apesar da oferta de aumento  no pagamento de hora extra proposta pelo Governo do Estado.
Na avaliação do deputado federal André Moura, que compõe a base aliada do  governador Marcelo Déda, as manifestações da categoria para resguardar a folga  dos policiais militares durante o Pré-Caju, simbolizam um alerta ao Governo.  “Não se trata de um boicote ao Pré-Caju, mas é um alerta para o Governo  compreender a necessidade de se definir uma carga horária para os policiais  militares”, comentou o parlamentar. “Um alerta, inclusive, que já foi feito lá  atrás, no Forrocaju, e o Governo não iniciou o diálogo com os policiais  militares”, ressaltou.
Mesa de trabalhos: apelo em defesa da LOB
O deputado estadual Capitão  Samuel considera impossível o Governo do Estado garantir um efetivo de 1 mil  policiais por noite durante o Pré-Caju sem comprometer o policiamento ostensivo  rotineiro. O parlamentar defende a contratação de seguranças privados, com ônus  para a Associação Sergipana de Blocos de Trio (ASBT) e envolvimento das Polícias  Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, convocação de oficiais que trabalham à  disposição de outros órgãos e ainda a Guarda Municipal. “Aí sim, além de gerar  mais de 300 empregos diretos com a contratação da segurança privada, se consegue  manter um efetivo com mais de 1 mil homens por noite durante o Pré-Caju”,  constatou o parlamentar.
Reivindicações
A coletiva convocada pelos representantes das entidades vinculadas à  Associação Unidas da Polícia Militar efetivamente soou como um alerta, conforme  advertiu o major Adriano Reis, presidente da entidade. “Nosso alerta está  associado à valorização profissional, que se defina uma carga horária e se dê  condições de trabalho”, enalteceu o major. “Queremos deixar claro que os  policiais vão trabalhar no Pré-Caju, mas resguardando o direito à folga. Não  queremos mais aceitar esta forma opressiva do Governo”, enfatiza o major.
Mobilização pela Tolerância Zero
Alerta que poderá culminar com a  reativação do Movimento Tolerância Zero, culminando com restrições também às  próximas festas populares, a exemplo do Projeto Verão e até mesmo o Carnaval. Os  PMs, segundo a Unidas, estão dispostos à submissão de horas extras, desde que o  Governo encaminhe à Assembleia Legislativa projeto para criação da Lei de  Organização Básica da Polícia Militar, que irá definir a fixação de efetivo e a  consequente carga horária dos policiais militares.
Durante a coletiva, o sargento Edgar Menezes, presidente da Associação dos  Militares do Estado de Sergipe (Amese), anunciou que os policiais que formam o  Corpo de Bombeiros do Estado de Sergipe já estariam dispostos a parar as  viaturas que servem a região Sul do Estado por falta de fardamento. Já a cabo  Svetlana Barbosa, presidente da Associação de Mulheres da PM de Sergipe,  informou que os equipamentos de proteção individual oferecidos pela corporação  são incompatíveis com a silhueta feminina. “Falta bojo para acomodar os seios  nos coletes balísticos, por exemplo”, exemplifica a policial.
Ofício destaca pontos como LOB e carga horária
A cabo da PM informa  ainda que as condições de trabalho para as mulheres na corporação ainda são  precárias. “Na estrutura dos locais de trabalho não estão contemplados  alojamento nem sanitários femininos”, diz a policial. “Por isso uma colega foi  punida por usar o banheiro de um vizinho do posto onde ela estava trabalhando”,  comentou.
Na coletiva, o presidente da Associação Unidas, major Adriano Reis,  distribuiu cópia do ofício encaminhado pela entidade ao governador Marcelo Déda,  contendo as 12 reivindicações da categoria. O documento foi protocolado na Casa  Civil na última segunda-feira, 16.
Saiba os pontos destacados naquele ofício:
- Carga horária de 36 horas
- Aprovação da Lei de Fixação de Efetivo e Lei de Organização Básica  (LOB)
- Etapa Alimentação
- Gratificação de Habilitação de Curso de até 40% do soldo (gratificação que  foi retirada da categoria no ano de 2005)
- Exigência de nível superior para ingresso na carreira militar
- Gratificação de 1/3 aos 25 anos de serviço
- Adicional noturno
- Aposentadoria do policial militar ou bombeiro militar feminino facultativa  aos 25 anos de efetivo serviço
- Aposentadoria do policial militar ou bombeiro militar compulsória aos 30  anos de efetivo serviço
- Alteração na legislação para que os militares possam ser promovidos ou  aposentados mesmo respondendo a processos
- Alteração na legislação para que os militares possam exercer cumulativo com  a função o cargo de professor
- Pagamento da indenização da licença especial com base no salário bruto do  militar
Infonet
 

 
 
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