Por enquanto, as convocações se resumem a repor vagas em aberto, por aposentadoria ou morte do servidor. No último sábado, foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) a nomeação de mais 14 policiais civis, sendo 9 agentes, 3 delegados e 2 escrivães, todos para reposição. "A falta de efetivo é o grande entrave que dificulta o trabalho da Polícia Civil, principalmente de investigação", afirmou Djair Oliveira, presidente do Sindicato de Polícia (Sinpol). Para Djair "realizar um concurso e convocar os aprovados apenas para a reposição de policiais que se aposentaram ou que faleceram é totalmente incabível". Segundo o ele, o número ideal de policiais civis para atender a todo o Estado seria de 6.000 agentes, 1.200 escrivães e 500 delegados, bem como a criação de novas delegacias no interior. A presidente da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol), Ana Cláudia Gomes, destacou que dos 350 cargos de delegados pleiteados na lei complementar 417/2010, 184 permanecem vagos. "Essas vagas existem e aguardam nomeações. Hoje, em todo o RN, nós temos 170 delegados", completou. Segundo ela, a carência é extrema, ao ponto de um delegado assumir até oito delegacias. Dos 167 municípios norte-rio-grandenses, 127 não possuem delegados da Polícia Civil. "Pedimos a convocação de todos. Isso precisa acontecer urgente", afirmou. Por decisão judicial, o Estado está obrigado a convocar todos os aprovados dentro do número de vagas. Dos aprovados que fizeram curso de formação, faltam ser convocados 43 delegados, 186 agentes e 91 escrivães. Foram convocados 160 aprovados. Segundo o titular da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), Aldair da Rocha, a convocação dos 320 policiais restantes está prevista para acontecer, gradativamente, até a Copa de 2014. "Temos a intenção de solicitar à governadora o chamamento desses agentes, tendo em vista que é preciso incluir isso como uma prioridade no orçamento do Estado", disse Aldair da Rocha.
TRIBUNA DO NORTE
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