Secretaria de Segurança não soube informar sobre adesão de servidores.
Categoria pede melhorias nas condições de trabalho no RN.
PMs e bombeiros segue ocupando Centro Administrativo do RN (Foto: Arthur Barbalho/G1)
A paralisação dos policiais e bombeiros militares do RN tem adesão de
90% da categoria, segundo confirmou nesta terça-feira (22) Eliabe
Marques, presidente da Associação dos Sargentos e Suboficiais da PM. O G1 entrou
em contato com a Secretaria de Segurança para saber sobre o
levantamento da pasta acerca da adesão, mas a assessoria de imprensa
pediu para que a reportagem contatasse os comandos das duas corporações.
Nenhum dos comandantes atendeu aos telefonemas.
Representantes dos manifestantes e do Estado se reúnem nesta manhã na
sede da Procuradoria Geral do Estado, em Petrópolis, zona Leste da
capital, para tentar chegar a um acordo.
As duas categorias estão acampadas no Centro Administrativo do Estado, em Natal,
e decidiram permanecer no local até que o governo do estado garanta o
cumprimento das reivindicações. Parte dos oficiais das duas corporações
aderiu ao movimento.
Além de melhorias estruturais, os militares exigem o envio da Lei de
Promoções de Praças para a Assembleia Legislativa e os bombeiros ainda
cobram a abertura de concurso público.
De acordo com o procurador geral do Estado, Miguel Josino, os
servidores que se recusarem a trabalhar, aderindo à paralisação proposta
pela categoria, podem ser presos. De acordo com Josino, os que
estiverem de serviço e se recusarem a trabalhar serão submetidos ao
regulamento disciplinar das corporações. “O regulamento prevê a perda de
salário, prisão e até submissão à perda do cargo”, detalhou o
procurador. Entretanto, não há registro de prisões.
Josino diz ainda que a Procuradoria Geral está constantemente em
contato com a Secretaria de Segurança Nacional. Isto para informar sobre
o que está acontecendo nas movimentações no Rio Grande do Norte
e tirar dúvidas a respeito dos procedimentos a serem adotados pelo
Estado. “Falamos com eles de hora em hora. As medidas a serem tomadas
são essas mesmo. O ministro da Justiça [José Eduardo Cardoso],
inclusive, disse que desta vez não haverá anistia para os punidos”,
corroborou.
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