Vinte e oito de julho de 1967. Há quase 47 anos, nascia no Rio de Janeiro, em pleno período da ditadura, uma instituição de inspiração cristã, comprometida com a defesa e a promoção dos direitos humanos, cuja história destaca-se no cenário dos movimentos sociais brasileiros: a ONG Diaconia. Para celebrar as quase cinco décadas de atuação, a entidade realizará neste domingo, 27, em Umarizal, um culto comemorativo, a partir das 19 hs, na Igreja Presbiteriana da cidade. A programação contará com a apresentação do coral formado pelas crianças atendidas pelo Centro Presbiteriano de Apoio à Criança – CEPAC, em parceria com a Diaconia, e uma exposição do trabalho realizado, nos últimos anos, pela entidade no Oeste Potiguar.
Fruto de uma convocação da Confederação Evangélica do Brasil às igrejas protestantes, a entidade transferiu sua sede para o Recife no início dos anos de 1980. Da capital pernambucana, estendeu a atuação direta aos demais estados do Nordeste, região que, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), concentra 53% da população pobre do país. “A Diaconia tem contribuído para a transformação na vida de muitas pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade em nossa região”, explica o diretor executivo da organização, Reverendo Armindo Klumb.
Hoje, a Diaconia mantém unidades nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco, atuando em regiões como o Sertão do Pajeú, Oeste Potiguar e nas áreas metropolitanas do Recife e de Fortaleza. Nessas localidades, a entidade reforça seu compromisso histórico com a defesa dos Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (DHESCAs) de populações empobrecidas, aprimorando estratégias voltadas à efetivação de políticas públicas. “Sabemos que as verdadeiras transformações serão realidade num contexto onde todas as pessoas tenham plena dignidade e tenham seus direitos respeitados, as desigualdades não estejam mais presentes e toda a criação é protegida e preservada. Este é um ideal que perseguimos através de nossa ação. Fazemos isto, cientes de que não estamos sozinhos nesta seara”, pontua Klumb.
O público a quem a Diaconia dirige sua ação institucional é formado por crianças, adolescentes, jovens, homens, mulheres, famílias e comunidades eclesiásticas. Sua atuação se caracteriza pelo fortalecimento de grupos sociais e pelo empoderamento de pessoas, num amplo processo de mobilização comunitária. Uma missão levada adiante a partir do apoio de igrejas, agências internacionais de cooperação e programas governamentais, bem como pelo compromisso de uma equipe formada por profissionais de diferentes expertises.“Tudo isso fazemos norteados pelos ideais de justiça, equidade, fraternidade e cidadania, que são característicos de uma organização que busca efetivar os ensinamentos deixados por Cristo”, finaliza Reverendo Armindo Klumb.
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