Responsável
por coordenar as operações da Lei Seca na capital potiguar, o tenente
da Polícia Militar Styvenson Valentim disse que ficou chateado com uma
foto que circulou nas redes sociais na qual ele aparece embarcando, na
última quarta-feira (12), para um seminário em Brasília, e decidiu dar
uma resposta à provocação.
A imagem, de autoria desconhecida, se
espalhou pelos grupos de WhatsApp com a seguinte mensagem: ‘Bora beber
que o homem viajou… vai com Deus Ten. Steyveson’.
Na madrugada deste sábado (15), já com o
tenente de volta a Natal, 57 carteiras de habilitação foram recolhidas e
26 motoristas presos por embriaguez ao volante durante fiscalização
realizada na Avenida Engenheiro Roberto Freire, na Zona Sul da cidade.
“Esta foi a minha resposta”, afirmou ao G1.
Enquanto permaneceu no Distrito Federal,
não houve nenhuma fiscalização para coibir crimes de trânsito na
capital potiguar. O tenente disse que desembarcou em Natal pouco depois
da meia-noite, já na madrugada deste sábado. Meia hora depois, já estava
na Avenida Engenheiro Roberto Freire, onde montou a barreira de
fiscalização juntamente com o Departamento Estadual de Trânsito.
“Estava muito cansado. Mas decidi dar
uma resposta ao gaiato que fez a foto e espalhou a imagem. Para mim,
isso foi um afronte. Não à minha pessoa, mas à legislação. Se arrisca
quem acha que tá liberado beber e dirigir”, rebateu.
O oficial foi fotografado no saguão do
Aeroporto Internacional Aluízio Alves. Ele e o comandante geral da
corporação, coronel Francisco Araújo Silva, foram a Brasília participar
de um seminário internacional sobre segurança no trânsito. O comandante
retornou a Natal primeiro, chegando ainda na tarde da sexta-feira (14).
Já o tenente, pegou outro voo.
Choro na blitz
Ainda de acordo com o tenente Styvenson, um dos motoristas presos durante a blitz realizada nesta madrugada chorou após soprar o bafômetro e ficar constatado que ele estava sob efeito de álcool.
Ainda de acordo com o tenente Styvenson, um dos motoristas presos durante a blitz realizada nesta madrugada chorou após soprar o bafômetro e ficar constatado que ele estava sob efeito de álcool.
“O rapaz chorou bastante. Tava tão
bêbado que inventou um monte de histórias. Disse até que havia sido
assaltado. Descobrimos, depois, que ele tinha brigado numa festa, onde
encheu a cara”, revelou o oficial.
O rapaz, assim como os outros 25 detidos
por embriaguez ao volante, foram autuados na Delegacia Móvel da Polícia
Civil, pagaram fiança e foram liberados. Mesmo assim, responderão
criminalmente pelo crime de trânsito, pagarão multa no valor de R$
1.915,40, perderão 7 pontos na carteira e ainda terão a CNH apreendida
durante um ano.
Estatísticas
Em Natal, a operação Lei Seca já prendeu 567 pessoas dirigindo sob efeito de álcool somente no período de janeiro a agosto deste ano. Do total de presos, 495 são homens e 72 mulheres. Os dados, divulgados pelo Detran, mostram ainda que outros 1.693 motoristas foram autuados administrativamente por embriaguez ao volante.
Em Natal, a operação Lei Seca já prendeu 567 pessoas dirigindo sob efeito de álcool somente no período de janeiro a agosto deste ano. Do total de presos, 495 são homens e 72 mulheres. Os dados, divulgados pelo Detran, mostram ainda que outros 1.693 motoristas foram autuados administrativamente por embriaguez ao volante.
No total, a operação autuou
criminalmente e administrativamente 2.260 condutores, dos quais 1.977
tiveram suas carteiras de habilitação apreendidas. De todas as
autuações, administrativas e criminais, 81,95% envolveram homens e
18,05% mulheres. Os motoristas que não tiveram as carteiras apreendidas
se encontravam sem habilitação ou eram inabilitados.
Dos 2.260 motoristas autuados, 1.079
foram punidos por terem se recusado a fazer o bafômetro. As recusas ao
teste do etilômetro representam 47,7%, quase metade das autuações.
Quando a situação acontece, o condutor é autuado administrativamente,
tem a carteira de habilitação recolhida e é multado em R$ 1.915,40.
Lei Seca
As regras da Lei Seca consideram ato criminal quando o motorista é flagrado dirigindo com índice de álcool no sangue superior ao permitido pelo Código Brasileiro de Trânsito: 0,34 miligrama de álcool por litro de ar expelido ou 6 decigramas por litro de sangue.
As regras da Lei Seca consideram ato criminal quando o motorista é flagrado dirigindo com índice de álcool no sangue superior ao permitido pelo Código Brasileiro de Trânsito: 0,34 miligrama de álcool por litro de ar expelido ou 6 decigramas por litro de sangue.
Nesse caso, a pena é de detenção de 6
meses a 3 anos, multa e suspensão temporária da carteira de motorista ou
proibição permanente de obter a habilitação.
Condutores autuados por esse tipo de
infração pagam R$ 1.915,40 de multa, perdem 7 pontos na carteira e têm a
CNH apreendida. O valor é dobrado caso o motorista tenha cometido a
mesma infração nos 12 meses anteriores.
Se o bafômetro registrar um índice igual
ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar, mas abaixo do
0,34 permitido pelo Código de Trânsito, o condutor é punido apenas com
multa.
No exame de sangue, o motorista será multado por qualquer concentração de álcool, e pode ser preso se tiver mais de 6 decigramas de álcool por litro de sangue.
No exame de sangue, o motorista será multado por qualquer concentração de álcool, e pode ser preso se tiver mais de 6 decigramas de álcool por litro de sangue.
G1/RN
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