Fonte: William Felix de Andrade
Ação enérgica da Polícia Civil de Luís Gomes/RN, comandada pelo Delegado
de Polícia Dr. Donny Êxodo Lima Cavalcante, com suporte da guarnição de
polícia militar do BOPE/CAJAZEIRAS/PB, comandada pelo Aspirante Oficial
PM Gabriel Otávio Barroca Gomes resgatou, em poucas horas, com vida
vítima de sequestro.
Neste domingo, dia 15/03/2015, por volta das 11:00hs, a equipe da
polícia civil de Luís Gomes/RN solicitou apoio a guarnição da polícia
militar local, no sentido de darem apoio a uma possível ocorrência de
“sequestro", ocorrida no centro da cidade de Luís Gomes/RN. Diante dos
fatos, a equipe de polícia civil juntamente com a guarnição da polícia
militar local efetuaram diligências no sentido de identificar "rastros"
ou "pistas" do sequestro. Inicialmente, foram até a “Escola Municipal
Professor Dubas” onde puderam constatar por meio de testemunhas locais
que o cidadão identificado como “Antônio Roseno da Silva Neto” (30
anos), arrastou pelo braço, de forma repentina, raptando à "força" a
jovem “KSS” (18 anos). Nessa ocasião Antônio foi visto empurrando-a para
dentro do carro, ocasião em que Antônio afirmava que “você será minha e
de mais ninguém”; "estou armado, estou falando sério"; "eu vou fazer
uma besteira". O veículo foi identificado como sendo um Fiat Palio
Celebration, cinza scambo, Placa LVJ9486, cujo vidro traseiro
apresentava adesivo de festa do cantor “Gabriel Diniz”. Segundo os
relatos das testemunhas presenciais, Antônio, na noite anterior ao fato,
tinha tentado se matar duas vezes, ocasião em que repetia várias vezes
que "sua vida não tinha mais sentido", "que se ela (KSS) não fosse dele
não seria demais ninguém". Diante dos fatos a guarnição, juntamente, com
equipe da polícia civil de Luís Gomes/RN saíram em perseguição ao
acusado, empreendendo diligências na zona rural de Luís Gomes e cidades
vizinhas como Uiraúna/PB. Todavia, somente após algumas horas, a
guarnição obteve o primeiro rastro do paradeiro do acusado e sequestrada
no município "Poço José de Moura", onde constataram que o mesmo
juntamente com a raptada parou, rapidamente, para beber água e pegar
mantimentos na casa de sua tia “NN”. Segundo o relato de “NN”, Antônio
Roberto parou em sua casa muito apreensivo e bebeu água, logo
retirando-se do local. A tia “NN” relatou aos policiais que "KSS" estava
também bastante inquieta e cabisbaixa; sendo na ocasião apresentada
como filha do mesmo, fato que causou estranheza a morada da casa.
Diante do exposto, e no intuito de aumentar a rede de comunicação entre
as policíais locais, a autoridade policial se deslocou até o
destacamento de polícia militar de “Poço José de Moura”. Ao chegar no
posto policial da citada cidade, o SGT/PMPB Emilton prestou auxílio a
polícia civil no sentido de modular via rádio às policias militares da
Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, bem como a Polícia Rodoviária
Federal, as características físicas, nome do acusado e vítima, bem como
características do veículo Fiat Palio usado no sequestro. O intuito diz o
delegado “era armar uma rede de comunicação tal que pudéssemos saturar
todas as possibilidades existentes”.
Desta forma, algumas horas após chegaram informações que Antônio Roseno
teria sido visto nas proximidades do município de São João do Rio do
Peixe/PB, comprando alimentos e água. A equipe da polícia civil se
deslocou até o referido município e, com apoio da guarnição de polícia
militar local, decidiram, então, passar um "pente fino", fazendo ronda
pelos motéis e hotéis circunvizinhos, no intuito de localizar o
paredeiro da vítima e acusado.
Não obstante, já por volta das 19hs, após incessantes buscas na zona
rural, decidiram ir até o distrito de “Brejo das Freiras”, que fica
próximo ao município de São João do Rio do Peixe/PB, onde puderam notar
que no pátio de uma pousada, situada em um lugar ermo, estava
estacionado idêntico veículo Fiat Palio, o mesmo usado no sequestro na
cidade de Luís Gomes/RN. Inicialmente a autoridade policial contatou o
gerente do hotel para confirmar se realmente as duas pessoas estavam
hospedadas e qual o estado de ânimo das mesmas. Segundo os relatos, eles
tinham acabado de chegar ao hotel e Antônio apresentava condutas
bizarras como andar sempre “desconfiado” de todos e “olhar bastante para
os lados” e a jovem quase sempre cabisbaixa e triste.
Sendo assim, após confirmarem com o gerente local que o casal estava realmente hospedado no referido hotel, foi solicitado apoio da guarnição de polícia militar do Batalhão de Operações Especiais/Cajazeiras/PB (BOPE), os quais após alguns instantes chegaram ao local da ocorrência.
Sendo assim, após confirmarem com o gerente local que o casal estava realmente hospedado no referido hotel, foi solicitado apoio da guarnição de polícia militar do Batalhão de Operações Especiais/Cajazeiras/PB (BOPE), os quais após alguns instantes chegaram ao local da ocorrência.
Com o reforço solicitado, a autoridade policial, juntamente com então
comandante da guarnição ali presente do BOPE, Aspirante Oficial Gabriel
Otávio Barroca Gomes, iniciaram o planejamento do gerenciamento de
crise, no intuito de reduzir ao máximo possível prejuízos a integridade
física e mental dos envolvidos no sequestro e de terceiros. Sendo assim,
a princípio, fora realizado o isolamento e preservação do local do
crime, saturando todas as saídas e entradas. Por conseguinte, o gerente
do hotel foi convidado a ligar no apartamento 105, onde o acusado e
vítima estavam hospedados, para que Antônio, espontaneamente, se
ausentasse do quarto e as equipes das policias pudessem surpreendê-lo e
imobilizá-lo, resgatando a vítima.
Desta forma, instantes após, Antônio Roseno decidiu sair do quarto,
momento que a equipe do BOPE o rendeu; imobilizando e, consecutivamente,
a equipe da polícia civil se deslocou até o referido quarto para
resgatar e preservar a integridade física e mental da vítima. Após o
controle da complexa situação de tensão, a jovem foi entrevistada pelos
policiais, sendo que na ocasião a mesma estava bastante trêmula e
nervosa, “não conseguindo sequer segurar um copo d'água”, diz o
delegado. A jovem, em prantos, relatou diversas vezes que o acusado a
raptou contra sua vontade e não permitiu em hipótese alguma, fazer
ligação ou fugir do local da ocorrência, pois ele disse que a mataria,
“que faria uma grande besteira”, “que aconteceria uma grande tragédia”.
Ademais, Antonio recomendava para a vítima "fingir que está tudo bem"
que ela voltaria "jájá" para casa. Por fim, fora ratificada voz de
prisão a Roseno o qual foi conduzido em flagrante delito para a
Delegacia Municipal de Luís Gomes/RN, para lavratura dos procedimentos
legais, sendo autuado, a princípio, por sequestro ou cárcere privado
(CP, art. 148).
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