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sexta-feira, 10 de abril de 2015

ACS repudia sindicância da Sejuc contra PMs

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Acs PM RN
Na madrugada da última segunda-feira, dia 06, 32 detentos escaparam da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, através de túneis ligando o interior do Pavilhão 2 à área externa do local. Em virtude dessa fuga, o titular da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Edilson França, disse que iria abrir uma sindicância para apurar se houve facilitação, por parte dos Policiais Militares que estavam de serviço nas guaritas, tendo em vista que o final do túnel ficava próximo à guarita 02.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (ACSPM/RN), Roberto Campos, visitou na manhã desta terça-feira, dia 07, toda a área externa do presídio e as condições das guaritas. “Depois dessa visita apenas a constatação do que já era claro: a situação de falência do sistema prisional do estado. O local não tem a mínima condição necessária para conter uma fuga. O secretário da Sejuc foi infeliz na colocação quanto à sindicância, pois além de expor o PM ao constrangimento, só ressalta ainda mais a situação crítica carcerária”, diz.
De acordo com Roberto Campos, os problemas enfrentados começam nas guaritas. “Primeiro quem dá serviço nas guaritas 3, 4 e 5 precisa caminhar cerca de 1km em solo de difícil locomoção, sozinho e sem iluminação. Os PMs que ficam na guarita 2, convivem diariamente com a fedentina causada por um esgoto a céu aberto abaixo do local. Ao invés de trabalhar 3 horas para descansar 6, o policial só tem a metade das horas de descanso e quando vai repousar no local de trabalho, só conta com um colchão inadequado, além de não possuir em mãos armas não-letais”, desabafa o presidente da ACSPM/RN.
Ainda segundo Roberto Campos, mesmo trabalhando com condições precárias, a categoria faz o melhor que pode para garantir a segurança da população. “O secretário da Sejuc deveria está trabalhando em conjunto com a Polícia Militar para melhorar o sistema carcerário, encontrar soluções e resoluções ao invés de apontar os PMs como culpados de um sistema falido.”

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