Investigadores da Operação Lava-Jato detectaram um pagamento da empreiteira OAS para uma igreja indicada pelo ex-senador Gim Argello
(PTB-DF), preso nesta terça-feira (12/4) na 28ª fase do caso, apelidada
de “Vitória de Pirro”. Ele é acusado de receber propina para não
convocar empreiteiros em CPIs da Petrobras que aconteceram no Congresso,
das quais o ex-parlamentar fez parte. É o segundo pagamento para uma
igreja detectado pela Lava-Jato.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), em 15 de maio
de 2014, quando foi instalada a CPI da Petrobras no Senado, o presidente
afastado da empreiteira OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo
Pinheiro, enviou uma mensagem a um interlocutor em que pediu o pagamento
de R$ 350 mil para a conta da Paróquia São Pedro, em Taguatinga,
frequentada por Gim Argello. O centro de custo apontado era “Obra da
Renest (sic)”, uma referência à sigla Rnest, a refinaria de Abreu de
Lima da Petrobras, em Pernambuco, onde a OAS prestava serviços à
estatal. O pagamento foi realizado em 19 de maio, de acordo com
documentos fiscais da empreiteira.
R. Pires
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