No
quarto onde o empresário Paulo César de Barros Morato, 48 anos, foi
encontrado morto ontem (22), em um motel de Olinda (PE), foram
recolhidos sete pen drives (dispositivos portáveis para armazenar dados)
e três celulares que podem conter provas de transações investigadas
pela Operação Turbulência, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na
terça-feira (21).
Morato era considerado foragido pela Polícia Federal. Ele tinha um
pedido de prisão preventiva em aberto por causa da Operação Turbulência,
deflagrada terça-feira (21). A PF investiga uma suposta rede criminosa
de lavagem de dinheiro formada por pelo menos 18 pessoas físicas e
jurídicas, a maior parte empresas de pequeno porte e de fachada. Elas
teriam movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010. A suspeita é que a
organização teria atuado no financiamento das campanhas eleitorais do
ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência da República
Eduardo Campos.
Paulo César Morato era apontado com um dos testas de ferro do grupo.
De acordo com as investigações, o empresário se apresentava como dono da
empresa Câmara e Vasconcelos Locações e Terraplenagem, que, segundo a
PF, era de fachada. A organização foi uma das compradoras do avião usado
por Eduardo Campos na campanha presidencial. O avião caiu em Santos
matando Eduardo Campos e outras pessoas. No mesmo ano da compra da
aeronave, em 2014, a empresa recebeu quase R$ 19 milhões de contrutora
OAS por serviços de locação e terraplenagem que teriam sido realizados
nas obras de transposição do Rio São Francisco.
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