Em 12 meses, cerca de 20 pessoas foram mortas e jogadas no local.
Sérgio Costa
A região de mangue do rio Potengi, localizada na
comunidade do Mosquito, entre os bairros das Quintas e Nordeste, é um
esconderijo de corpos de vítimas de assassinatos. É o que afirma um
grupo de policiais civis e militares que já estiveram à frente de
operações desencadeadas no local. Em um ano, pelo menos 20 pessoas foram
encontradas mortas, a maioria em estado avançado de decomposição.
A
denúncia foi apresentada a reportagem do Portal BO através de um
relatório feito pelo grupo contendo datas da localização dos cadáveres,
fotos e vídeos. "São corpos de indivíduos que foram submetidos ao
tribunal do crime devido à guerra entre facções rivais. Vítimas em sua
maioria homens com idades entre 16 e 23 anos. Muitos desses cadáveres já
em avançado estado de decomposição e outros apenas a ossada", disse um
dos agentes que entregou a denúncia.
Os policiais ainda afirmam
que muitas dessas vítimas nunca são localizadas e permanecem como
desaparecidas, isso porque o acesso a determinados pontos do mangue é
extremamente difícil e por esse motivo usado como desova.
O Portal
BO entrou em contato com o diretor em exercício da Divisão de Homicídio
e Proteção a Pessoa, o delegado Marcos Vinícius. Ele confirma que com o
avanço da criminalidade e do número de assassinatos nessas comunidades,
como Mosquito e Paço da Pátria, muitas vítimas de assassinatos são
jogadas no rio e por força da maré os corpos encalham no mangue. O
delegado destaca, porém, que toda denúncia oficializada na DHPP são
apuradas e checadas no local onde supostamente está o corpo.
Vinícius
disse ainda que a colaboração da população no tocante a informação
sigilosa é fundamental para localizar vítimas nessas áreas relatadas e
identificar os autores desses crimes, ligando para o 190 e 181, o Disque
Denúncia.
PortalBO
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