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domingo, 17 de setembro de 2017

Mangue da comunidade do Mosquito é esconderijo de corpos, diz denúncia

Em 12 meses, cerca de 20 pessoas foram mortas e jogadas no local.

Sérgio Costa
 A região de mangue do rio Potengi, localizada na comunidade do Mosquito, entre os bairros das Quintas e Nordeste, é um esconderijo de corpos de vítimas de assassinatos. É o que afirma um grupo de policiais civis e militares que já estiveram à frente de operações desencadeadas no local. Em um ano, pelo menos 20 pessoas foram encontradas mortas, a maioria em estado avançado de decomposição.
A denúncia foi apresentada a reportagem do Portal BO através de um relatório feito pelo grupo contendo datas da localização dos cadáveres, fotos e vídeos. "São corpos de indivíduos que foram submetidos ao tribunal do crime devido à guerra entre facções rivais. Vítimas em sua maioria homens com idades entre 16 e 23 anos. Muitos desses cadáveres já em avançado estado de decomposição e outros apenas a ossada", disse um dos agentes que entregou a denúncia.
Os policiais ainda afirmam que muitas dessas vítimas nunca são localizadas e permanecem como desaparecidas, isso porque o acesso a determinados pontos do mangue é extremamente difícil e por esse motivo usado como desova.
O Portal BO entrou em contato com o diretor em exercício da Divisão de Homicídio e Proteção a Pessoa, o delegado Marcos Vinícius. Ele confirma que com o avanço da criminalidade e do número de assassinatos nessas comunidades, como Mosquito e Paço da Pátria, muitas vítimas de assassinatos são jogadas no rio e por força da maré os corpos encalham no mangue. O delegado destaca, porém, que toda denúncia oficializada na DHPP são apuradas e checadas no local onde supostamente está o corpo.
Vinícius disse ainda que a colaboração da população no tocante a informação sigilosa é fundamental para localizar vítimas nessas áreas relatadas e identificar os autores desses crimes, ligando para o 190 e 181, o Disque Denúncia.
PortalBO

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