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sexta-feira, 13 de julho de 2018

"Essa guerra nunca terá fim", disse líder de facção sobre confrontos

Alexandro Freitas, o "Senhor" do Beira Rio foi preso na tarde desta quarta-feira (10); Dois suspeitos morreram durante a operação

Sérgio Costa 
Foto: Divulgação / PM
PortalBO
Foi durante uma operação policial realizada na tarde desta quarta-feira (10), no bairro Jardim Lola, em São Gonçalo do Amarante que um dos homens mais procurados do Estado foi preso. Alexandro Freitas de Souza, de 29 anos, mais conhecido como "Senhor do beira Rio", ou apenas "Senhor" é um dos líderes de uma facção criminosa que atua no Rio Grande do Norte. O foragido da justiça portava uma pistola calibre 380 e estava com outras sete pessoas no momento da abordagem.
Na delegacia de plantão da zona Norte, no bairro Potengi "Senhor" conversou com a reportagem do PortalBO e disse que enquanto houver a facção rival muito sangue ainda será derrado. Nas últimas semanas vários confrontos ocorreram nas duas comunidades vizinhas, Beira Rio e Mosquito todos eles motivados pelo controle territorial e do tráfico de drogas. Perguntado se ele seria um dos líderes da facção que vem orquestrado os ataques "Senhor" negou dizendo apenas que está defendendo os interesses dos moradores que estão sendo humilhados e massacrados pela outra facção.
"Eu não sou lider de nada, vivem dizendo que comando facção e que determino ataques, isso não é verdade. O que acontece é que eu tenho que defender minha comunidade onde nasci e cresci, não vou deixar nenhum membro do PCC tomar conta da minha casa e por isso vai sempre ter confronto. Hoje estou preso, mas tem muita gente lá fora para defender o Beira Rio seja de que maneira for. Só sei que essa guerra nunca terá fim", afirmou.
"Senhor" possuía um mandado de prisão em aberto e por isso era considerado foragido da justiça. Durante cinco anos ele cumpriu pena no presídio Rogerio Coutinho Madruga, teve por ordem da justiça regressão de pena, mas voltou a ser preso por porte ilegal de arma, porém nunca compareceu na cadeia para cumprir a pena no regime semiaberto. A violência na comunidade ficou mais acentuada nas últimas semanas devido o confronto entre bandidos e policiais.

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