Por Robson Pires
Em
2014, o ator e palhaço Tiririca, nome de Francisco Everaldo Oliveira
Silva, tentou a primeira reeleição para a Câmara dos Deputados por São
Paulo e conseguiu repetir o feito de quatro anos antes. Com mais de 1
milhão de votos (1.016.796 votos), foi um dos parlamentares mais
votados do país, ajudando a colocar no Congresso Nacional nomes que não
obtiveram votação semelhante. O fenômeno se repete em casos de eleições
proporcionais e ocorre graças ao chamado quociente eleitoral.
Segundo a legislação, a eleição para deputado federal, estadual,
distrital e vereador ocorre de forma diferente das candidaturas
majoritárias, em que são disputados os cargos de presidente da
República, governador, senador e prefeito das cidades. No sistema
proporcional, é necessário fazer um cálculo: divide-se o número de votos
válidos registrados no estado ou cidade (no caso das eleições para
Câmaras de Vereadores) pela quantidade de vagas a serem preenchidas.
Com essa regra, nem sempre os candidatos mais votados são eleitos. A
partir do quociente eleitoral, cada legenda pode obter o número do
quociente partidário, que significa a quantidade de cadeiras que o
partido ou coligação terá direito pelos próximos quatro anos. Essa conta
é feita dividindo a votação obtida pelas coligações pelo quociente
eleitoral. Só então os candidatos mais votados de cada agremiação
partidária poderão se considerar eleitos para a Câmara dos Deputados, a
Assembleia Legislativa dos estados ou, no caso do Distrito Federal, a
Câmara Legislativa.
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