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quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Fátima Bezerra admite aliança entre PT e MDB no RN para eleição de 2022

 

“Estamos conversando sim com o MDB, que é um partido importante, que tem mais de 30 prefeitos em todo o Estado. O ex-presidente Lula esteve aqui [em Natal], em uma conversa [com Garibaldi Alves Filho e Walter Alves], que inclusive eu também participei. Então, o PT tem uma ótima convivência e uma parceria administrativa muito boa com os prefeitos do MDB”, afirmou a governadora do Rio Grande do Norte Fátima Bezerra (PT), em entrevista nesta quarta-feira (22), ao programa Nordeste Urgente da TV Band Natal.

Essa declaração pública da governadora Fátima Bezerra aconteceu após os encontros e reuniões envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com autoridades e lideranças políticas no Rio Grande do Norte, em especial com o ex-senador Garibaldi Alves e o seu filho, o deputado federal Walter Alves (MDB), que acabaram por confirmar a formação de uma aliança entre os dois partidos para as próximas eleições estaduais em 2022.

De acordo com Fátima Bezerra: “Nós já temos aliança firmada aqui no Rio Grande do Norte com o PCdoB, PROS e com o PSB, então estamos conversando sim com o MDB”, declarou.

Além do MDB, Fátima Bezerra admitiu que o PT está dialogando com outras siglas: “PL, PV, PSOL e outros partidos. Estamos conversando também com Márcia Maia. Então, o fato que eu quero colocar para o povo do RN é que tem um projeto em andamento, que graças à Deus está reconstruindo o Estado e recuperando a capacidade de investimentos e que os partidos que vierem para somar [na continuação desse projeto] são bem-vindos”, destacou.

Raimundo Alves, Chefe da Casa Civil, reforça união PT/MDB: “Não existe razão para a aliança não acontecer”

A possibilidade de uma aliança política entre PT e MDB no Rio Grande do Norte tem produzido efeitos interessantes nos integrantes do partido da governadora Fátima Bezerra. Enquanto alguns, mais flexíveis, são favoráveis e bem receptivos à formação de um acordo entre os dois partidos, outros não escondem a pouca simpatia e afeição à ideia.

Alinhado ao líder do governo na Assembleia Legislativa deputado, o Francisco do PT, que se declarou favorável a uma possível aliança durante entrevista ao Agora RN, o chefe do Gabinete Civil do Estado Raimundo Alves defende que, quem se prepara pra ganhar uma eleição e governar, num sistema pluripartidário como o brasileiro, sabe que precisa de uma aliança política.

“Se um partido com a capilaridade que o MDB tem no Rio Grande do Norte topa estabelecer parceria para dar continuidade ao projeto que a professora Fátima lidera no Estado, que está recuperando as finanças e concluindo o pagamento das quatro folhas salariais deixadas em aberto pelo ex-governador Robinson Faria, trazendo estabilidade pra economia potiguar, entre tantos outros benefícios, então não existe razão para que essa aliança não venha a acontecer”, falou.

Raimundo disse que as conversas do governo com o MDB já vinham acontecendo a partir do apoio que o deputado Bernardo Amorim dá ao governo na Assembleia e das parcerias administrativas com diversos municípios administrados pelo partido. Mas que o passo mais importante foi dado pelo ex-presidente Lula, quando visitou o Estado, em agosto passado.

“Essa aliança pode ser feita já no processo eleitoral, da forma mais transparente para os eleitores por que, já na campanha, se sabe com quem se pretende governar e em cima de que programa, ou no segundo momento, para dar sustentação parlamentar e nesse caso de forma mais pragmática”, explicou.

Discussão

A deputada estadual Isolda Dantas, líder do PT na Assembleia, defende que o Diretório Estadual do partido faça o que for mais interessante para a legenda no Estado e que tenha resultados práticos positivos na vida da população potiguar e afirmou que o debate sobre alianças políticas deverá ocorrer na esfera partidária: “Como líder do PT na Assembleia, temos a responsabilidade de fazer o debate de forma interna e seguir as decisões partidárias. O partido está discutindo ainda e as suas instâncias têm a responsabilidade de tomar essa decisão. Não existe nada fechado. As possíveis alianças não foram conversadas em instâncias do partido. Quando as conversas avançarem, aí teremos mais elementos para nos posicionar”, enfatizou.

Robson Pires

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