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quinta-feira, 23 de setembro de 2021

FMI enaltece desempenho econômico do Brasil: ‘Tem sido melhor que o esperado’

 

Divulgado nesta quarta-feira (22), um relatório anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta que o desempenho da economia do Brasil tem sido melhor que o esperado, em parte motivada pela forte resposta política das autoridades frente à pandemia. 

A conclusão foi divulgada no Artigo IV de 2021. Segundo documento elaborado pela organização financeira, o PIB brasileiro recuperou seu nível pré-pandêmico em 2021 e o ritmo econômico continua favorável, apoiado pela expansão e crescimento robusto do crédito ao setor privado.

“Projeta-se que o PIB real cresça 5,3% em 2021. Um mercado de trabalho em melhoria e altos níveis de poupança das famílias apoiarão o consumo e, à medida que as vacinações continuarem, a demanda reprimida por serviços pessoais irá crescer. Os estoques esgotados serão reconstruídos e a alta nos preços das commodities apoiará novos investimentos”, diz o relatório.

A análise do FMI traz ainda uma previsão de queda para a inflação e da dívida pública: “A inflação deverá cair continuamente dos picos recentes em direção ao ponto médio do intervalo da meta até o final de 2022. Após saltar para 99% do PIB em 2020, a dívida pública deverá cair drasticamente para 92% do PIB em 2021 e permanecer em torno desse nível no médio prazo. A incerteza quanto às perspectivas é excepcionalmente alta, mas os riscos para o crescimento são vistos como amplamente equilibrados”.

Os diretores executivos do Fundo também elogiaram as autoridades brasileiras por sua resposta política decisiva aos impactos da pandemia, reduzindo significativamente a gravidade da recessão de 2020 e aliviando seus efeitos sobre os mais vulneráveis, em simultâneo, em que se preparou para uma forte recuperação em 2021,  citando as reformas levadas ao Congresso.

“Os diretores saudaram o impulso das reformas institucionais, apesar da pandemia, para criar as bases para uma economia mais competitiva. São necessários mais esforços políticos para reforçar a confiança do mercado, fomentar o investimento liderado pelo setor privado e fortalecer as perspectivas de médio prazo”.

Robson Pires

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