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sábado, 10 de junho de 2023

Ansiedade e depressão crescem mais de 30% nas Américas; 8 em cada 10 pessoas não conseguem tratamento

 

Os países das Américas registraram um aumento de mais de 30% nos diagnósticos de transtornos de ansiedade (32%) e depressão (35%) durante a pandemia de covid-19. É o que aponta o relatório Uma Nova Agenda para a Saúde Mental na Região das Américas, divulgado nesta sexta-feira, 9, pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

O documento informa também que 8 em cada 10 pessoas com problemas graves de saúde mental, ou seja, 80%, não tiveram acesso adequado a tratamentos necessários durante o ano de 2020.

Os dados fizeram a entidade pedir para que os líderes de cada país das Américas coloquem a saúde mental no topo de prioridades de suas respectivas agendas de governo.

Algumas das orientações da Opas incluem integrar a saúde mental em outras políticas do Estado, investir em pesquisa e em coleta de dados sobre o assunto, resguardar os direitos humanos daqueles que sofrem com esse tipo de problema e tratar o racismo e a discriminação racial como fatores que estão ligados à saúde mental.

Entre as principais causas de incapacidade da população

A investigação da Organização Pan-Americana da Saúde também revelou que quadros de depressão e ansiedade são a terceira e quarta principais causas de incapacidade na população dos países que vivem nas Américas, e que o álcool é responsável por 5,5% de todas as mortes de pessoas que vivem na região. Além disso, de acordo com o relatório da entidade, a taxa regional de suicídio ajustada por idade aumentou 17% entre 2000 e 2019, e que a prática “tira a vida de 100 mil pessoas por ano”.

Segundo a Opas, os problemas de saúde mental se agravaram na pandemia de covid-19 em razão do crescimento do desemprego, da insegurança financeira, do luto pela perda de pessoas próximas, da preocupação constante, além da tristeza de conviver em uma das maiores crises sanitárias da história recente.

A falta de acesso aos cuidados está relacionada aos baixos investimentos dos países em saúde mental, que não chegam a ultrapassar 3% do total do montante investido em saúde, segundo o médico brasileiro Jarbas Barbosa, diretor da Opas.

Com informações de Estadão Conteúdo

RPires

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