Criança e jovem são executados em tiroteio
Publicado em 1 de agosto de 2011
Fim do evento: a feira cultural foi encerrada após as duas mortes. Ontem, o clima era de tristeza no local
FOTO: KIKO SILVA
Além dos dois mortos, outras três pessoas foram baleadas, entre elas uma menina de três anos, ferida no braço
Os sonhos da menina Vivian Maria Guedes da Silva, 11, foram interrompidos no fim da noite de sábado (30) por uma bala perdida. Ela brincava com outras crianças durante uma feira cultural realizada no Conjunto Alto Alegre, Grande Messejana, quando foi atingida por um tiro na nuca. Além da garota, um jovem de 18 anos e verdadeiro alvo dos bandidos também morreu no local. Outras três pessoas foram baleadas e levadas para hospitais públicos da região. Até o fim da noite de ontem, a Polícia não havia prendido os suspeitos do duplo homicídio.
Vivian Guedes havia saído com a mãe, a dona de casa Elza Betânia Guedes da Silva para acompanhar o penúltimo dia da 10ª Feira de Pequenos Negócios e Cultura (Fepenec), realizado em um campo de futebol situado entre a Avenida Contorno Sul e a Rua Sete. Por volta das 22 horas, a menina e outras dezenas de crianças estavam próximas ao brinquedo pula-pula quando um homem, identificado pela Polícia como Elieudo, passou a atirar em direção a Pedro Davi Soares Santos, 18.
Além de Pedro Santos, os tiros atingiram Vivian Guedes e mais três pessoas, entre elas, outra criança de apenas três anos de idade. Após os estampidos, um tumulto foi registrado no local, que conforme a organização do evento, registrava no momento do tiroteio um público de aproximadamente quatro mil pessoas.
Pedro e Vivian tiveram morte imediata. Outros feridos foram levados por populares e ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira, o ´Frotinha´ de Messejana. A outra criança, cujo nome não foi divulgado, foi atingida no braço e não corre risco de morte.
Buscas
De acordo com testemunhas, após executar a criança e o jovem, o acusado fugiu na companhia de outros dois comparsas em um veículo Gol, de cor prata. Policiais militares do Policiamento Ostensivo Geral (POG) e do Ronda do Quarteirão, da 2ª Companhia do 5º BPM (Messejana), sob o comando do major PM Lourival Lima realizaram buscas na região. Patrulhas do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), comandadas pelo major PM Alexandre Ávila, também fizeram uma varredura na área, com abordagens a vários veículos, mas os suspeitos não foram localizados.
Almir Soares, organizador da Fepenec, que é realizada há dez anos no mesmo local, lamentou o ocorrido. Segundo Soares, não havia segurança particular na feira e, de acordo com ele, no momento do tiroteio, apenas dois policiais militares estavam no local. Soares apresentou ofícios protocolados junto ao Comando de Policiamento da Capital (CPC) e na 2ª Companhia do 5º BPM (Messejana), nos quais solicitava a presença de PMs.
"Não havia policiamento suficiente para o nosso evento que tem uma presença estimada de público de cerca de 12 mil pessoas durante os quatro dias. Ontem (anteontem) só tinham dois policiais e uma viatura do Ronda que estava na troca de turno quando o tiroteio começou", afirmou.
A Reportagem tentou entrar em contato com o relações públicas da PM, tenente-coronel Fernando Albano, mas ele informou por meio de mensagem que não poderia atender. No fim da tarde, o jornal tentou ouvir o comandante da 2ª Cia/5º BPM, mas ele também não atendeu as ligações
Perplexidade
O sentimento dos moradores do Conjunto Alto Alegre, durante todo o dia de ontem, era de perplexidade diante das duas mortes ocorridas no bairro. Muitos deles voltaram ao local onde ocorreu o duplo homicídio.
O tio da garota, José Guedes de Araújo, disse que a sobrinha era alegre, muito estudiosa e querida por todos da família. "Era apegada demais com a mãe, onde uma ia a outra acompanhava. Ela era a caçula de três filhos". Amparada pelos parentes, Elza Betânia Guedes, mãe de Vivian, disse entre lágrimas, que "não estava aguentando a dor de perder a filha".
PROTAGONISTA
Fim do Sonho
A garota estava com a mãe, Elza Betânia Guedes da Silva, acompanhando o penúltimo dia do evento cultural do bairro, quando foi baleada e morta por bandidos. Estudante do 6º Ano do Ensino Fundamental, Vivian era a caçula de três filhos
EMERSON RODRIGUES
REPÓRTER
Os sonhos da menina Vivian Maria Guedes da Silva, 11, foram interrompidos no fim da noite de sábado (30) por uma bala perdida. Ela brincava com outras crianças durante uma feira cultural realizada no Conjunto Alto Alegre, Grande Messejana, quando foi atingida por um tiro na nuca. Além da garota, um jovem de 18 anos e verdadeiro alvo dos bandidos também morreu no local. Outras três pessoas foram baleadas e levadas para hospitais públicos da região. Até o fim da noite de ontem, a Polícia não havia prendido os suspeitos do duplo homicídio.
Vivian Guedes havia saído com a mãe, a dona de casa Elza Betânia Guedes da Silva para acompanhar o penúltimo dia da 10ª Feira de Pequenos Negócios e Cultura (Fepenec), realizado em um campo de futebol situado entre a Avenida Contorno Sul e a Rua Sete. Por volta das 22 horas, a menina e outras dezenas de crianças estavam próximas ao brinquedo pula-pula quando um homem, identificado pela Polícia como Elieudo, passou a atirar em direção a Pedro Davi Soares Santos, 18.
Além de Pedro Santos, os tiros atingiram Vivian Guedes e mais três pessoas, entre elas, outra criança de apenas três anos de idade. Após os estampidos, um tumulto foi registrado no local, que conforme a organização do evento, registrava no momento do tiroteio um público de aproximadamente quatro mil pessoas.
Pedro e Vivian tiveram morte imediata. Outros feridos foram levados por populares e ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira, o ´Frotinha´ de Messejana. A outra criança, cujo nome não foi divulgado, foi atingida no braço e não corre risco de morte.
Buscas
De acordo com testemunhas, após executar a criança e o jovem, o acusado fugiu na companhia de outros dois comparsas em um veículo Gol, de cor prata. Policiais militares do Policiamento Ostensivo Geral (POG) e do Ronda do Quarteirão, da 2ª Companhia do 5º BPM (Messejana), sob o comando do major PM Lourival Lima realizaram buscas na região. Patrulhas do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), comandadas pelo major PM Alexandre Ávila, também fizeram uma varredura na área, com abordagens a vários veículos, mas os suspeitos não foram localizados.
Almir Soares, organizador da Fepenec, que é realizada há dez anos no mesmo local, lamentou o ocorrido. Segundo Soares, não havia segurança particular na feira e, de acordo com ele, no momento do tiroteio, apenas dois policiais militares estavam no local. Soares apresentou ofícios protocolados junto ao Comando de Policiamento da Capital (CPC) e na 2ª Companhia do 5º BPM (Messejana), nos quais solicitava a presença de PMs.
"Não havia policiamento suficiente para o nosso evento que tem uma presença estimada de público de cerca de 12 mil pessoas durante os quatro dias. Ontem (anteontem) só tinham dois policiais e uma viatura do Ronda que estava na troca de turno quando o tiroteio começou", afirmou.
A Reportagem tentou entrar em contato com o relações públicas da PM, tenente-coronel Fernando Albano, mas ele informou por meio de mensagem que não poderia atender. No fim da tarde, o jornal tentou ouvir o comandante da 2ª Cia/5º BPM, mas ele também não atendeu as ligações
Perplexidade
O sentimento dos moradores do Conjunto Alto Alegre, durante todo o dia de ontem, era de perplexidade diante das duas mortes ocorridas no bairro. Muitos deles voltaram ao local onde ocorreu o duplo homicídio.
O tio da garota, José Guedes de Araújo, disse que a sobrinha era alegre, muito estudiosa e querida por todos da família. "Era apegada demais com a mãe, onde uma ia a outra acompanhava. Ela era a caçula de três filhos". Amparada pelos parentes, Elza Betânia Guedes, mãe de Vivian, disse entre lágrimas, que "não estava aguentando a dor de perder a filha".
PROTAGONISTA
Fim do Sonho
A garota estava com a mãe, Elza Betânia Guedes da Silva, acompanhando o penúltimo dia do evento cultural do bairro, quando foi baleada e morta por bandidos. Estudante do 6º Ano do Ensino Fundamental, Vivian era a caçula de três filhos
EMERSON RODRIGUES
REPÓRTER
Diariodonordeste
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