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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Energia solar e agricultura irrigada podem ser saídas para a seca no Nordeste

solA geração de energia solar e desenvolvimento agrícola de culturas resistentes à seca poderão ser duas medidas para a convivência com a Seca no Nordeste, como também a geração de recursos para o desenvolvimento da região. Os dois temas foram abordados durante reunião da Comissão externa que trata da estiagem na região nesta quinta-feira (21).
No encontro, dois pesquisadores do governo foram ouvidos. Ao todo serão nove encontros que resultarão em um relatório com as sugestões de técnicos e representantes de municípios e da sociedade civil para servir como parâmetro para os investimentos na região.
Uma das possibilidades para a criação de emprego e renda nos municípios do semiárido seria o aproveitamento do potencial solar da região para geração de energia. A sugestão foi apresentada pelo pesquisador Paulo Nobre, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. “Eu vejo o Nordeste, no futuro, como um enorme produtor e exportador de energia. É uma energia eterna, que é a energia do sol. Ela pode ser aplicada tanto em grandes centrais como em cada telhado”, afirmou Nobre. “De forma que o recurso possa ser usado para trazer água em tubo, não água evaporando em canais abertos, e escolas para as novas gerações.”
Já o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Guilherme Resende recomendou uma avaliação das políticas públicas atualmente voltadas para o semiárido. Entre outros programas, a região é hoje beneficiária de pelo menos 50% dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Na maior parte das vezes, no entanto, os recursos que chegam estão bem abaixo do limite estabelecido.
Ele acredita que o semiárido é solo fértil para o desenvolvimento de culturas agrícolas resistentes à seca ou irrigáveis, como as existentes em países como Estados Unidos, México e Israel. “Crises climáticas periódicas ocorrem em várias partes do mundo, prejudicando a agricultura. No entanto, só se transforma em flagelo social quando se depara com condições socioeconômicas precárias, como as do Nordeste”, disse Guilherme Resende.
Robson Pires 

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