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terça-feira, 14 de setembro de 2021

Presidente de instituto do PSDB afirma que partido não deve fazer oposição a Bolsonaro

 

A decisão da Executiva Nacional do PSDB de partir para a oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro vem sofrendo forte resistência interna na legenda. O deputado Pedro Cunha Lima (PB), que comanda o Instituto Teotônio Vilela, centro de formação política do partido, afirmou que discorda de uma postura mais agressiva dos tucanos em relação à administração federal.

“Não penso que fazer uma oposição sistemática a Bolsonaro, ao modelo que o PT faz, seja o papel que eu deva cumprir”, disse o parlamentar em entrevista à rádio Correio FM. “Claro que o governo merece críticas em vários pontos. A condução na pandemia merece uma crítica e a gestão que o governo faz na educação não é eficiente. De resto, não vou fazer oposição de quanto pior, melhor.”

Na semana passada, o PSDB anunciou que passa a integrar o bloco de oposição ao atual governo. A legenda também informou ter iniciado uma “discussão sobre a prática de crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente da República”, abrindo caminho para o apoio a um eventual pedido de impeachment de Bolsonaro.

O PSDB se prepara para realizar suas prévias em novembro, quando será indicado o nome do partido para a disputa da Presidência da República em 2022. Os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio são os pré-candidatos. O senador Tasse Jereissati (CE), que chegou a apresentar seu nome para as prévias, desistiu da disputa.

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