O Sinmed visitou o maior hospital de urgências e emergências do interior do Estado, o Tarcísio Maia em Mossoró. Apesar do esforço de seus profissionais, a impressão é que o hospital foi esquecido pela secretaria de saúde do RN. Faltam profissionais de enfermagem, as escalas médicas são em boa parte cobertas por empresas terceirizadas, no Centro cirúrgico a empresa privada tem material para cirurgias eletivas, mas falta o mesmo material para as urgências da Ortopedia. Como explicar isso? O setor de prontuários e cobranças ao SUS dos procedimentos realizados no hospital está quase sem funcionários e os prontuários que geram as contas a receber estão amontoados e espalhados pela sala. Resultado: prejuízos para o hospital e médicos. Das três salas do centro cirúrgico só há enfermagem para duas, algumas vezes para apenas uma. O material cirúrgico já antigo e desgastado por mais de 30 anos de uso, do tempo da Fundação Walfrefo Gurgel, comprometem os procedimentos cirúrgicos realizados. Além disso, o uso de fios inadequados fez com que cinco pacientes tivessem quebra desses pontos e fossem reoperados, pois a cirurgia abriu no pós-operatório. Mofo, infiltrações, pacientes nos corredores, urgências esperando dias para serem operadas por falta de material. O quadro é difícil no hospital. A Secretaria Estadual de Saúde deve ter outras prioridades, porque esqueceu completamente do maior hospital do interior, o Tarcísio Maia, de tão relevantes serviços prestados a todo oeste do Estado. Quem sofre com tudo isso é o povo que precisa da assistência do SUS.
Fonte: Grupo JK
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