A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) registrou nesta quinta-feira (23) o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos, ou monkeypox, na capital potiguar.
De acordo com a pasta, o paciente é do sexo masculino e tem histórico de viagem para Espanha, tendo contato com um caso confirmado da doença no país.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que o paciente recebeu atendimento médico e realizou coleta de material de acordo com os protocolos vigentes.
Recentemente, a Secretaria de Saúde do RN emitiu uma orientação aos municípios para o tratamento da doença em hospitais.
O paciente também foi orientado quanto à necessidade de manter isolamento, já que a transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.
Após saber do caso suspeito, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Natal (CIEVS/Natal) entrou em contato com o paciente para iniciar a investigação epidemiológica e notificou o caso ao CIEVS/RN e ao CIEVS nacional, assim como à Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) "para levantamento dos comunicantes do voo".
Segundo a pasta, novas informações serão "repassadas conforme andamento das investigações".
Varíola dos macacos
Monkeypox é uma zoonose viral, do gênero Orthopoxvirus, da família Poxviridae, que se assemelha à varíola humana, erradicada em 1980. A doença cursa com febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.
A infecção é autolimitada com sintomas que duram de duas a quatro semanas, podendo ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre zero e cinco dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa.
A erupção cutânea começa entre um e três dias após o aparecimento da febre. A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.
Chegada no Brasil
A infecção viral já se espalhou por mais de 30 países, incluindo o Brasil. O primeiro caso de varíola dos macacos no país foi confirmado na cidade de São Paulo no dia 8 de junho.
O paciente, um homem de 41 anos que viajou à Espanha, segundo país com o maior número de casos da doença, foi colocado em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital.
GRUPO CIDADÃO
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