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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Historia de Pau dos Ferros


Até o começo do século XVII a região do atual município de Pau dos Ferros não passava de uma vasta área ainda inexplorada. Naquela época, na então província do Rio Grande do Norte, na chamada zonaoeste, uma trilha foi feita por vaqueiros e viajantes para terem acesso até a província do Ceará. Ao longo dessa trilha seguia um curso de água, que estava sempre cheio nos meses de janeiro à junho, época do inverno na região. Este rio mais tarde ficou conhecido por Rio Apodi. Essa região ficava entre duas grandes serras, tornando assim fácil de fazer longas caminhadas e aproveitar as pastagens nessa grande planície. Às margens do Apodi, umas grandes árvores eram utilizadas pelos viajantes para alívio do calor e como ponto de atividade comercial, como vender e marcar gados.

Em 1733, por ocasião da morte do Coronel Antônio da Rocha Pita, foi doada a sesmaria de Pau dos Ferros a seus filhos e herdeiros, Francisco da Rocha Pita, Luiz da Rocha Pita Deusdará, Simão da Fonseca e Maria Joana. Mas foi Francisco Marçal, considerado como o grande pioneiro da história de Pau dos Ferros, que com grande mobilização ergueu a capela em 1738; mais tarde, no ano de 1756, esta veio a ser matriz de uma grande freguesia. Em 9 de novembro de 1763, Francisco Marçal, saqueou uma fazenda bem próxima àquelas árvores que serviam de descanso para esses vaqueiros que cruzavam o sertão brasileiro até o litoral. Neste ano de 1763, foi concedido uma sesmaria a Luiz da Rocha Pita e Dona Maria Joana e a Simão da Fonseca e seus filhos. Todos esses senhores foram os pioneiros que se estabeleceram no local e construíram um núcleo de um pequeno povoado, alguns anos depois já havia muitas casas de taipas ao redor da pequena fazenda.


Emancipação política e etimologia
O pequeno povoado continuava a se desenvolver durante o século XVII, mas com todo esse crescimento a freguesia sentia-se prejudicada por estar subordinada político-administrativamente ao pequeno povoado de Portalegre, distante 33 km a leste do povoado. O problema maior era que Portalegre ficava localizado em uma serra e isto dificultava o acesso das pessoas, que sentiam-se prejudicadas em seu comércio. Em toda zona serrana só havia três povoados (Apodi, Portalegre e Pau dos Ferros), sendo que ainda existiam mais dois que começavam a ter destaque, que eram São Miguel e Luís Gomes, ambos localizados em serra, o que dificultava o crescimento de ambos. De todos estes, apenas Pau dos Ferros tinha um crescimento regular pela sua localização privilegiada pelo fácil acesso. Já haviam passado 100 anos da criação da freguesia de Nossa Senhora da Conceição e consequentemente doze anos de luta pela criação da vila, todos terminados em fracasso. Em 23 de agosto de 1856, na sessão da Assembleia Legislativa Provincial em Natal, o deputado provincial Benvenuto Fialho apresentou um projeto que criava a Vila de Pau dos Ferros. A lei n.º 344 foi sancionada em 4 de setembro daquele ano e elevou à categoria de vila a povoação de Pau dos Ferros e fixou um limite de 1700 km². Seu nome, que permaneceu como denominação do local desde quando era um pequeno povoado, vem de uma árvore, mais precisamente de marcas fixadas com ferro em brasa numa oiticica muito frondosa que, pela sua grande dimensão, oferecia uma farta sombra e consequentemente um excelente local para o repouso dos vaqueiros, quando chegavam cansados do difícil trabalho de campear reses tresmalhadas.

Naquela época havia um rotativo movimento comercial e o lugar era um importante entroncamento para a região. Na gestão do governador José Augusto Bezerra de Medeiros, no dia 2 de dezembro de 1924, a lei n.º 593, eleva a vila de Pau dos Ferros à categoria de cidade. Pela lei municipal n.º 5, de 2 de setembro de 1902, foi criado o primeiro distrito do município, denominado Vitória, sendo que este foi extinto na década de 1930. Entretanto vários decretos foram criando novos distritos. Em divisão territorial datada de 1º de dezembro de 1955, Pau dos Ferros era constituída de quatro; Sede, Joaquim Correia, Rafael Fernandes e Riacho de Santana. Porém todos foram extintos ou elevaram-se à categoria de cidades, restando atualmente apenas a Sede.

Crescimento econômico, demográfico e cultural
Sua primeira obra foi a construção do prédio da Prefeitura Municipal, em 1930, onde hoje está localizada na avenida Getúlio Vargas, no centro desta cidade. No início da década de 1950 a população era de 17 517 habitantes, sendo que 13 909 pessoas moravam no campo e apenas 3608 habitantes na zona urbana. Naquela época começou a construção do pavilhão municipal na Praça da Matriz, uma das principais áreas de lazer de Pau dos Ferros. Em 1955 chegou até o município a agência do Banco do Nordeste do Brasil, incentivando a pecuária, a agricultura e o pequeno produtor. Em 4 de setembro de 1956 o município completou 100 anos de emancipação política. Neste ano aconteceu uma série de inaugurações para se comemorar o centenário da cidade. O Obelisco da Praça Monsenhor Caminha foi construído em homenagem a ocasião, em maio daquele ano, por encomenda do então prefeito José Fernandes de Melo ao arquiteto baiano Oscar de Sousa Lelis.

Em julho de 1956 foi fundado o Hospital Centenário de Pau dos Ferros, que teve como fundador e diretor o Dr. Nelson Maia. No dia 1º de janeiro de 1961, Dom Eliseu Simões Mendes, fundou a "Maternidade Santa Luzia de Marilac", que é mantida pela liga de assistência social da paróquia de Pau dos Ferros. Em 1966 a cidade ganhou seu principal ponto de diversão da época: o Cine São João - que funcionava na rua 7 de Setembro - visto que na época não havia televisão na cidade e o cinema era uma grande novidade no momento. Bem no coração da cidade funcionava o Pavilhão, onde no andar superior havia um salão de dança e a banda musical os Brasas.


Na década de 1970 o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) concluiu os trabalhos da construção de uma caixa de água e da ETA (Estação Tratamento de Água). A caixa de água tem 19 metros de altura e capacidade de 500 m3, o que equivale a 500 000 litros de água. Apesar de uma grande seca ocorrida em 1970, onde a agricultura foi totalmente prejudicada junto com a pecuária, Pau dos Ferros recebeu ajuda financeira através do DNOCS, como o alistamento das pessoas para fazer pequenos açudes. No dia 16 de janeiro de 1970 a cidade recebeu energia elétrica da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) em 28 de fevereiro de 1971 foi instalado o serviço eficiente da Telecomunicações do Rio Grande do Norte (TELERN), empresa estatal telefônica. Seu primeiro local foi o pavilhão no centro da cidade. Em 28 de setembro de 1976, pelo decreto-lei n.º 15/76, foi criado o Campus Avançado de Pau dos Ferros. Entre as décadas de 1980 e 1990 destacou-se a criação da primeira rádio, a AM Cultura do Oeste, que entrou ao ar em 1º de abril de 1986, a primeira visita de um Presidente da República, José Sarney, e a inauguração do terminal rodoviário municipal.

História recente

A predominância do espaço rural foi e está sendo substituída pelo urbano, para atender às exigências daexpansão urbana, dada pelo aumento das atividades produtivas na cidade (indústria, comércio e serviços) e pelo aumento da demanda habitacional, gerado pela concentração populacional. O limite entre o campo e a cidade está deixando de ser visível e a população do campo vem decrescendo a cada ano.
Também por causa do crescimento do município e cidades próximas, foi criada a Microrregião de Pau dos Ferros, reunindo além de Pau dos Ferros, outros dezesseis municípios. São alguns deles: Francisco Dantas, José da Penha, Marcelino Vieira, Paraná, Pilões, Portalegre, Riacho da Cruz, Rodolfo Fernandes, São Francisco do Oeste, Severiano Melo, Taboleiro Grande, Tenente Ananias, Viçosa. Em 2006 sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em cerca de 116 160 habitantes em uma área total de 2.672,604 km². O Produto Interno Bruto (PIB) per capita médio de R$ 2.144,52 em 2003. Localiza-se na Mesorregião do Oeste Potiguar.

2 comentários:

  1. Caro Monteiro,venho através deste meio de comunicação tão respeitado, fazer um apêlo á vc como representante policial, que se preoculpa com a sociedade, peço uma vigilãncia melhor, isto é, mais frequente por parte dos pms,solicito que passem mais vezes aqui na rua ANTÔNIO JANUÁRIO já no final da rua iniciando o Manoel Deodato, pricipalmente apatir das 22:00,antes que coisas piores venham acontecer.

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  2. AS vzes as pessoas não fazem denuncias das coisas que presenciam, por medo de represária,e infezlismente não podemos nos calar.

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