“Nós, praças do RN, estamos solidários
com a situação enfrentada pelos militares do Maranhão. Reconhecemos a
importância da valorização profissional e sabemos da dificuldade dos PMs
e bombeiros, em conseguir do Estado, as mínimas condições de trabalho,
para o exercício da função. Desde já, contem com o nosso apoio nas lutas
em defesa de suas demandas”. A declaração é do sargento Eliabe Marques,
presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos Policiais e
Bombeiros Militares do RN, em apoio a cerca de 90% de militares que
paralisaram suas atividades no estado, desde quarta-feira passada (26).
Há cinco dias, policiais e bombeiros
militares do Maranhão estão aquartelados, de forma ordeira e pacífica,
em frente à Camara Municipal de São Luiz para protestar contra o descaso
com que o Governo estadual tem lidado com a segurança pública,
sobretudo em relação às condições de trabalho dos profissionais que nela
atuam. Em média, 90% do efetivo já paralisaram as atividades
operacionais e somente neste fim de semana, a ocorrência de homicídios
no estado maranhense aumentou consideravelmente. Já aderiram à operação,
além da capital, cidades como Imperatriz, Caxias, Bacabau, por exemplo.
Dentre as demandas do setor, a classe
reivindica o reajuste salarial de 18%, previsto no Plano de Valorização
dos Servidores Estaduais, vantagem que até então, não tem previsão de
ser incorporada aos vencimentos dos militares. Eles também cobram do
Estado o escalonamento dos rendimentos, para equilibrar as remunerações
relacionadas às patentes militares. Em assembleia geral realizada no
último dia 13, militares deflagraram a “Operação Legal”, que se baseia
na recusa do policial e bombeiro militar a exercer a função ostensiva,
caso o Estado não ofereça condições mínimas para o exercício da função.
Com isso, militares passaram a
frequentar aos batalhões vestidos à paisana, em protesto quanto à falta
de aquisição de novos fardamentos que não é feita há dois anos. Com a
operação, também foram identificadas inúmeras viaturas em situação
irregular, perante o Código de Trânsito Brasileiro. A intenção do
efetivo com a ação é deliberar junto ao comando e demais autoridades
quanto ao atendimento das demandas até o dia 6 de abril.
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