PSDB descobre que tem vocação para a morte
Finalmente, o PSDB descobriu sua vocação política. O
partido está vocacionado para a morte. O tucanato faz tudo para morrer o
mais depressa possível. As práticas da legenda, suas ambiguidades, suas
contradições mal disfarçam a vontade, a urgência da morte. Protagonista
do seu próprio cortejo fúnebre, o PSDB caminha rumo ao fenecimento
carregando as alças de dois pesos mortos: o caixão do governo Temer e o
caixão de Aécio Neves.
Temer é um defunto com caneta e Diário Oficial. Com a ajuda de um
coordenador político tucano, ele compra na Câmara mais um ano de
sobrevida. Aécio, trancado em casa e em seus rancores, parecia fora de
combate. Mas o Senado deu-lhe uma sacudida. E o personagem, insepulto,
tranforma o PSDB no primeiro partido da história a ter como presidente
um defunto.
O nome mais cotado para representar o PSDB na disputa presidencial de
2018 é Geraldo Alckmin. Jurado de morte até pelo seu pupilo João Doria,
Alckmin se finge de vivo. Mas revela-se um vivo pouco militante. Não
consegue se posicionar com clareza sobre o rompimento com Temer e o
expurgo de Aécio. Não é à toa que frequenta as pesquisas como um
sub-Bolsonaro. É como se Alckmin pedisse aos eleitores não votos, mas
coroas de flores.
Por Josias de Souza
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