Páginas

terça-feira, 20 de setembro de 2011

20/09/2011 -

FRUSTRAÇÃO PERMEIA A TROPA

Acs PM RN Como era de se esperar, o governo ainda não tem contra-proposta para correção salarial dos policiais militares, apesar de ter recebido a proposta da categoria em março de 2011.
O que se percebe é uma tentativa nítida de ganhar tempo e acima de tudo de desvirtuar a luta que não se resume a apenas ao subsidio, mas também aos estatuto e código de ética.


A cada semana está se marcando uma reunião para se marcar outra reunião, e isso está mexendo muito negativamente com o brio da tropa. Nos quartéis a palavra mais ouvida por todos é a paralisação das atividades, coincidentemente num momento onde a cidade está sendo alvo de ataques do PCC com a conivência de outros P’S, a exemplo: PSDB, PMDB, PV, PT, P-DEM e tantos outros “P” a quem cabe a responsabilidade pela manutenção da ordem. Desconfio que já se tenha em mente que a policia militar é impedida de fazer greve pelo seu famigerado estatuto, e assim vai-se mantendo no banho-maria até que chegue a copa do mundo, e aí, pelo menos por um mês terá “policia pra gringo ver”. Enquanto isso é falácia, propaganda enganosa e nada mais.


Em Brasília não se fala mais com tanta ênfase, na PEC-300 e pelo Brasil afora policiais já promovem embates com deputados, arrependidos do voto que o deram, golpeados pela falsa promessa de quem usou a PEC como bandeira de campanha. Que o digam, no RN a deputada Fátima Bezerra, e deputado Fábio Faria que foram os que mais usaram o signo dessa proposta para promoção de suas respectivas campanhas.
Mas, já que o governo não valoriza o policial, pelo menos os bandidos estão valorizando. Fala-se de prêmio de R$ 10.000 pela cabeça de policiais militares ou agentes penitenciários. Não se falou ainda se nu ou vestido, já que recentemente colegas foram humilhados e despidos por marginais no interior do estado, apenas reforçando a vergonha que temos denunciado aqui rotineiramente sobre a situação precária e insuficiente que vive esses bravos soldados por todo esse estado.


Ao nosso secretário, que julga inviável pagar quatro ou cinco salários mínimos a um homem que Poe a vida na linha tênue do perigo dia após dia, vão aí algumas outras coisas que também são inviáveis e ninguém repara: é inviável do ponto de vista técnico que as viaturas operem com apenas dois policiais no patrulhamento ostensivo, é inviável que em uma cidade do interior, por menor que seja, um homem trabalhe sozinho exposto aos riscos que sabemos existir, é inviável que bases de policia na grande Natal não tenham se quer rádio comunicador ou muitas vezes água para beber, é inviável operar no combate ao crime sem um projeto objetivo e sem rumos definidos, e não se tem noticia de companhia ou batalhão da capital que tenha um projeto de ação predefinido, é inviável ter gestores que não conhecem o que gerenciam, é inviável se fazer policia com tanta interferência político-partidária, principalmente no interior do estado, é inviável que viaturas velhas e corroídas se desloquem do interior do estado para abastecer em Natal, consumindo já metade do combustível que lhe é posto no tanque, é inviável não termos coletes a contento, armas a contento, munição a contento para treinamento e uso operacional, é inviável que não tenhamos cursos de qualificação permanente para nossos policiais do serviço operacional... é inviável ter policiais motivados sem que possam ter casa própria, escola para os filhos, arma própria para proteção individual, e o principal: tratamento digno de uma categoria que o governo mesmo tratando com desdém, repete rotineiramente que é especial. É inviável que não tenhamos direito a nossos direitos básicos e eu ainda nos seja negado até mesmo o direito da palavra.


A segurança do estado desde o mais simples cidadão até os doutores da vida que por ai trafegam depende de nós: cuidado com o cristal que agora transporta, pois por qualquer deslize ele pode quebrar.
Por fim, MAQUIAVEL: ESGOTADAS AS VIAS DO DIALÓGO A SAIDA SERÁ INEVITAVELMENTE A FORÇA.

Fonte: ACSPMRN
DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO

Nenhum comentário:

Postar um comentário