68 pessoas, entre idosos, gestantes e crianças, são mantidas reféns.
Dois presos foram mortos por outros detentos, segundo a SAP.
A Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo chegou à Penitenciária de Itirapina, onde uma rebelião ocorre desde as 11h do domingo (14), por volta das 6h30 desta segunda-feira (15). Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), 68 pessoas, entre idosos, gestantes e crianças, são mantidas reféns no local, que fica a 210 quilômetros de São Paulo. Dois presos morreram.
Pelo menos três ônibus e 10 viaturas da Tropa de Choque deixaram a capital durante a madrugada para conter a rebelião. Os policiais estão concentrados na frente da penitenciária e, por enquanto, não há acordo para encerrar o motim. No domingo, muitas viaturas da PM vieram de várias cidades para reforçar a situação. O helicóptero Águia também foi acionado. A assessoria de imprensa da SAP informou que não há ameaças a familiares e nem danos ao patrimônio.
Parentes passaram a noite do lado de fora do presídio e aguardam o desfecho da rebelião. O clima é de muita tensão. "Ninguém fala nada pra gente, é tudo família trabalhadora aqui fora querendo uma informação. A gente só quer saber o que está acontecendo lá dentro", falou a balconista Cintia Abe.
A Penitenciária de Itirapina tem capacidade para 210 presos no regime fechado, mas abriga 602. A mãe de um presidiário, que não quis ser identificada, disse que o incidente teve início quando uma visitante foi impedida de entrar por problemas na documentação. O marido dela teria ameaçado matar alguém como forma de protesto contra a penitenciária e, então, os detentos não deixaram mais ninguém sair do local.
A mulher, que foi liberada com a condição de avisar a imprensa, afirma que viu um preso carregando a cabeça de outro que teria sido decapitado no local. Segundo ela, o problema com a entrada da visitante foi apenas o estopim para que os detentos fizessem outras reivindicações como a presença de médicos, atendimento judiciário e a ampliação do horário de visita até as 16h. Atualmente, ele é encerrado às 15h. A Polícia Militar disse ainda que os detentos querem celulares.
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