O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Angelo Gioia, afastou o
presidente e o vice da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco
(ACS-PE), Albérisson Carlos e Nadelson Leite, de seus cargos na Polícia
Militar. O afastamento, de 120 dias, foi motivado por cometimento de
crimes militares e foi anunciado no Boletim Geral da pasta do sábado
(18).
De acordo com o texto da portaria, os dois cabos são acusados de
“praticarem, em tese, fatos incompatíveis com a função pública, os quais
afetam a ética, como também a honra pessoal e o decoro da classe”.
Ainda segundo a portaria, o afastamento é renovável por mais 120 dias
caso o Processo Administrativo Disciplinar Militar a que os cabos
respondem não seja concluído nesse prazo.
Durante entrevista coletiva para esclarecer os motivos da troca dos comando da Polícia Militar e da chefia da Polícia Civil,
na sexta (17), Gioia afirmou que a decisão não levou em conta as
reivindicações da categoria porque os líderes das associações não eram
reconhecidos como representantes dos profissionais. Por meio de passeatas, a categoria havia feito queixas sobre a falta de diálogo com os comandos.
Procurado pelo G1, o presidente da ACS-PE, Albérisson Carlos, acredita que o afastamento é motivado pela manutenção da Operação Padrão, deflagrada desde dezembro do ano passado.
“O governo do estado está nos perseguindo porque a gente está
realizando a Operação Padrão dentro da lei. Ao invés de a secretaria
procurar resolver o que há de errado, eles preferem nos punir e fazer
ameaças”, comenta.
Reincidência
Em dezembro, os representantes da ACS-PE foram presos em flagrante
por descumprirem uma ordem judicial que proibia bombeiros e policiais
militares para discutir greve. A prisão ocorreu na Praça do Derby, no
Centro do Recife, durante discurso de Albérisson Carlos em um trio
elétrico no local. Os dois foram detidos por policiais da Companhia
Indepentende de Operações Especiais (Cioe) e do Batalhão Especial em
Policiamento Interior (Bepi).
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