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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Educação: Bolsonaro enfrentará desafios do baixo nível de aprendizado, exclusão escolar, Fundeb e qualificação de docentes

Operações em universidades e debates sobre Escola sem Partido têm dominado as discussões sobre educação no país. As questões são relevantes, mas os desafios do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na área são ainda mais amplos.
Envolvem 49 milhões de estudantes, baixos índices de aprendizagem e 2,7 milhões de crianças e jovens fora da escola. Ambos os problemas, de permanência e aprendizado, têm maior impacto entre as famílias mais pobres.
Os rumos da educação não serão definidos apenas no Ministério da Educação. Dependem da política econômica e do Congresso. A ação de estados e municípios e a colaboração entre os entes federados será outro foco.
“Podemos dividir a condução das políticas em nível federal em duas avenidas: a avenida do MEC e a avenida do Legislativo. Elas são adjacentes”, diz Priscila Cruz, do Todos Pela Educação.
O cenário é de grandes desafios, da educação infantil ao ensino superior. Menos de um terço das crianças até 3 anos estão em creche. O acesso é desigual: entre os 25% mais ricos, a taxa de matrícula é de 55%, enquanto para os mais pobres, o índice é de 26%.
A meta incluída no PNE (Plano Nacional de Educação) é ter ao menos metade das crianças de até três anos em creches até 2024. Na pré-escola, todas as crianças de quatro e cinco anos deveriam estar matriculadas desde 2016. No entanto, mais de 500 mil não têm vaga (9,5% do total).
A educação infantil depende da existência de escolas. O custo de manutenção é maior do que de outras etapas.
O fundamental está praticamente universalizado, mas as taxas de reprovação e abandono aumentam a partir do 6º ano. É um reflexo de baixos índices de aprendizagem, falta de apoio para que os alunos continuem nos estudos e pouca atratividade da escola.
JP

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