O Rio Grande do Norte tem 475 mil pessoas sem trabalho. Desse total, 209 mil são pessoas desocupadas (que estão em busca de emprego), 188 mil são desalentados (que não procuraram emprego, mas tem interesse em trabalhar) e 78 mil são indisponíveis (que gostariam de trabalhar, mas não tem disponibilidade para assumir).
Os dados são referentes ao primeiro trimestre deste ano e foram colhidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (16).
A taxa de desemprego no estado neste primeiro trimestre foi de 13,8%. Esse número é contabilizado após cálculos relacionados às categorias de “pessoas ocupadas”, “pessoas subocupadas por insuficiência de horas” e “pessoas desocupadas”. A soma desses grupos é de 1 milhão e 509 mil pessoas, que compõem a “força de trabalho”.
Nesse cálculo, portanto, as categorias de “desalentados” e “indisponíveis” – referentes às pessoas que estão sem trabalho, mas não estão em busca de emprego – não são relevantes.
Veja os números
- 1 milhão e 127 mil pessoas ocupadas
- 173 mil subocupadas por insuficiência de horas
- 209 mil pessoas desocupadas
- 188 mil desalentados
- 78 mil indisponíveis
A taxa no número de pessoas desocupadas aumentou em 0,4% em relação à pesquisa do semestre passado. Em relação ao mesmo período de 2018, o número caiu 1,1%. O IBGE entende que houve uma “estabilidade da taxa”. O Rio Grande do Norte tem a 4ª menor taxa de desocupação no Nordeste.
Trabalho por conta própria
O número de pessoas que trabalham por conta própria no estado cresceu de 341 mil para 372 mil no primeiro trimestre deste ano em relação ao fim do ano passado. A maior parte, na informalidade.
Uma dessas pessoas é Matyson Bezerra, de 25 anos. Atualmente, ele trabalha como motorista de aplicativo durante 12 horas por dia com um carro alugado por R$ 2 mil e faz bicos como técnico de informática. No veículo, ele carrega todos os dias o seu currículo em busca da carteira assinada. “Trabalho tem muito, mas emprego está faltando. Você pode fazer um serviço, um bico, mas emprego mesmo está difícil”, diz.
Matyson é reflexo também da queda do número de empregadores, que neste trimestre é de 42 mil. “Quando o número de empregadores diminui, ele não vai sozinho, ele leva um número de empregados junto com ele”, destaca Samuel Marques, coordenador da Pnad Contínua no Rio Grande do Norte, pontuando a redução de 11 mil postos de trabalhos neste trimestre. *G1 RN
JP
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