Militar já realizou, ao menos, outras 29 viagens oficiais e recebia um salário bruto de R$ 7.298
O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha com 39kg de cocaína num avião que acompanhava Jair Bolsonaro, já fez ao menos 29 viagens oficiais no Brasil e exterior desde 2011. Ele também já acompanhou outros dois presidentes: Dilma Rousseff e Michel Temer.
No entanto, de acordo com a Folha de S.Paulo, nem sempre o deslocamento ocorreu para acompanhar agenda do mandatário do país. O militar recebe salário bruto de R$ 7.298, segundo o Portal da Transparência, que lista o histórico das viagens.
Em nota a assessoria da Presidência afirmou que "militar não trabalha na Presidência da República e não estaria na comitiva residencial". "Ele pertence ao Grupo de Transportes Especiais da Força Aérea Brasileira e exerce função de comissário de bordo", disse.
Em 27 de fevereiro deste ano, Manoel estava entre os militares que seguiram Bolsonaro em viagem de Brasília a São Paulo para a realização de exames médicos. Entre 18 e 20 de março, houve mais uma missão de transporte do escalão avançado da Presidência.
O sargento embarcou em Brasília rumo para São Paulo, de onde seguiu para Porto Alegre. O avião fez novamente o trecho Porto Alegre-São Paulo-Porto Alegre, retornando para Brasília. Naqueles dias, Bolsonaro esteve nos Estados Unidos. Em 24 de maio deste ano, o militar fez bate-volta de Brasília a Recife, acompanhando o presidente, que passou todo o dia em Pernambuco.
Ele também fez outros 14 roteiros entre 2016 e 2018, período em que o presidente era Michel Temer. Em janeiro do ano passado, por exemplo, Rodrigues estava no grupo que acompanhou o emedebista na Suíça para o Fórum Econômico Mundial.
Houve também ao menos quatro missões quando o país era governado por Dilma Rousseff. Em 6 de maio de 2016, o militar estava no séquito da petista em viagem a Juazeiro do Norte (BA) e Cabrobró (PE) para visitar as obras de transposição do São Francisco.
Em 2011, o sargento também foi designado para agendas de representantes do Itamaraty em Washington, nos Estados Unidos, e Saint John's, em Antígua e Barbuda, no Caribe.
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