Foi durante o Red Bull Basement, concurso de inovação e de tecnologia realizado em Istambul, na Turquia, em 2021, que Bárbara Gosziniak Paiva,29, graduada em engenharia ambiental pela Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto), ganhou um prêmio mundial pela melhor apresentação de um projeto — o Aqualux.
Mestranda em engenharia de materiais e bolsista da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) , ela criou uma garrafa que purifica a água, tornando-a potável. “Foi durante as pesquisas no meu mestrado que descobri que no Brasil cerca de 35 milhões de pessoas não têm acesso a água potável — o projeto Aqualux consiste em uma garrafa que filtra, esteriliza e refresca a água usando a energia solar”, explica a aluna.
Natural de Ouro Preto (MG), Bárbara afirma que a ideia principal do projeto consiste em tratar a água e levá-la a quem não tem acesso a ela. “Minha ideia é oferecer o Aqualux às pessoas que vivem em regiões de baixo desenvolvimento, mas há também a possibilidade de uso para os que fazem atividades esportivas”, diz.
Como funciona o Aqualux?
No tratamento da água, um filtro faz a retenção de partículas e uma radiação azul complementa o processo de esterilização, matando microrganismos, principalmente os patogênicos (que fazem mal à saúde). Tudo isso funciona por meio de um sistema elétrico que capta a energia solar com o uso das células solares (células fotovoltaicas).
Ainda segundo a estudante mineira, os próximos passos são finalizar os testes da garrafa e obter a parceria de empresas, para que seja possível produzir o material em grande escala.
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