Os casos de Covid-19 voltaram a subir no Rio Grande do Norte. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), os números vêm aumentando significativamente desde outubro.
Na primeira semana de outubro (entre os dias 1º e 7), o Estado registrou 25 casos da doença. Os indicadores ficaram estáveis nas semanas seguintes, mas começaram a subir de maneira acelerada em meados de novembro, até atingir 501 casos confirmados entre os dias 3 e 9 de dezembro. No período, portanto, a alta foi de 20 vezes.
Os dados da semana passada ainda não foram completamente fechados. Entre o dia 10 de dezembro e esta sexta-feira (15), já foram registrados 407 casos. Mas ainda serão reunidos até domingo (17).
Desde outubro até o início de dezembro, 13 pessoas morreram com a doença no estado. Os últimos dois óbitos foram registrados na semana entre 21 de novembro e 2 de dezembro.
À 98 FM, a Sesap destacou que o aumento de casos é um movimento sazonal “típico de síndrome gripal” e que está monitorando os indicadores “como faz com todas as outras síndromes”. Em maio, a Organização Mundial da Saúde declarou o fim do período de estado de emergência provocado pela Covid-19, e a doença se tornou endêmica.
Apesar do crescimento observado agora em dezembro, os indicadores estão longe do pico da pandemia, que ocorreu entre março e maio de 2021. Naquele período, o Estado chegou a registrar mais de 2,2 mil casos em um só dia e manteve uma média de mais de 1 mil casos por dia ao longo das várias semanas.
A Sesap reforça, também, a necessidade de as pessoas completarem o esquema vacinal, em especial as que têm graus de vulnerabilidade e comorbidades.
“Nesse momento, a dose de reforço da vacina Covid-19 bivalente é recomendada para pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos de idade, que tenham recebido a última dose da vacina há mais de 6 meses”, informou a pasta.
“Essa medida se deve ao novo cenário epidemiológico observado. A partir da segunda quinzena do último mês, houve um aumento de casos de Covid-19 no Ceará, com predomínio em Fortaleza. 80% das amostras examinadas em laboratório são da nova variante do SARS-CoV-2 (BA.2.86), que também foi detectada em São Paulo e Mato Grosso do Sul, o que indica que esteja circulando em outros locais do Brasil”, disse ainda a pasta.
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