A caçada aos dois fugitivos do presídio federal de Mossoró (RN) está perto do fim, acreditam autoridades. No 21º dia de buscas, o cerco está fechado em um raio de 1 quilômetro, na zona rural de Baraúna (RN). A força-tarefa concentra esforços no local, nesta terça-feira (5), após eles terem invadido um galpão agrícola de uma fazenda no último final de semana.
Deibson Cabral Nascimento, 33, o Deisinho, e Rogério da Silva Mendonça, 35, o Martelo, fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro. Os dois são membros do Comando Vermelho (CV) do Acre e atuam na região de fronteira do Brasil com a Bolívia.
Nesta terça, a Força Nacional de Segurança também faz o treinamento para reforço de segurança no presídio federal, após a transferência de 23 presos no último sábado (2). Entre eles, Fernandinho Beira-Mar, principal liderança do Comando Vermelho. Ele foi levado para o presídio federal de Catanduvas (PR).
O rodízio constante dos presos nas cinco unidades federais faz parte do plano executado pela Secretaria Nacional Penitenciária (Senappen), para quebrar as redes de comunicação das lideranças das facções com as ruas.
Tanto Fernandinho Beira-Mar como os presos fugitivos do CV do Acre chegaram a Mossoró em janeiro, no último rodízio de rotina. A transferência do final de semana foi emergencial, para reduzir os presos na unidade e iniciar o rastreamento do reforço.
Triagem
As penitenciárias federais começaram a ser construídas em 2006. Com 1.040 vagas, nas cinco unidades, e 489 presos, são presídios modelos, com segurança máxima, e servem para isolamento dos criminosos mais perigosos e líderes de facções.
Além do rodízio de presos, de regras mais restritivas para visitas de familiares, eles também passam por constante monitoramento.
Na última semana, por exemplo, a penitenciária federal em Brasília teve uma operação de varredura com cães policiais farejadores.
A equipe de K9, como são chamados os cães policiais, vistoriou celas, pátio de sol e áreas de movimentação dos presos. A Polícia Penal Federal retirou os detentos das celas para a revista canina. Oito cães policiais farejadores foram usados na vistoria, que durou cerca de duas horas.
"Não houve detecção de ilícitos, demonstrando que os padrões de segurança da unidade estão no nível de excelência", informou a diretora da Penitenciária Federal de Brasília, Amanda Teixeira.
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