Deputados e senadores estão mobilizando-se contra o que consideram excessos por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). Iniciativas legislativas buscam conferir maior proteção aos parlamentares, limitando atuações da Polícia Federal e interrompendo investigações em andamento.
Neste contexto, Arthur Lira (PP-AL), sondou lideranças partidárias para avaliar o apoio a uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que impõe que qualquer procedimento judicial, incluindo mandados de busca e apreensão contra congressistas, dependa de aprovação prévia pela Mesa Diretora do Congresso.
A chamada “PEC da Blindagem” também propõe que políticos tenham acesso a informações sigilosas em investigações, uma medida defendida vigorosamente pelo Centrão e pelo líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), sob o argumento de evitar surpresas desagradáveis em operações policiais.
No Senado, a proposta de Jorge Seif (PL-SC) caminha na mesma direção, buscando ampliar a imunidade parlamentar, proibir buscas em gabinetes, e limitar quebras de sigilo contra congressistas, além de possibilitar a ignorância de decisões judiciais relativas a declarações públicas.
Um detalhe nas propostas é a exigência de uma licença prévia das Casas Legislativas para iniciar ações penais, permitindo até a suspensão de prisões ou medidas cautelares a qualquer momento antes da condenação final, por decisão majoritária dos membros da respectiva Casa.
Paralelamente, a Câmara discute ajustes no foro privilegiado, visando eliminar esta prerrogativa mas garantindo que qualquer condenação de parlamentares passe pelo crivo do STF antes de ser executada. Esta medida visa evitar a prescrição de processos, que poderiam se prolongar indefinidamente nas instâncias inferiores.
Este movimento legislativo ganhou impulso após os deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ) serem alvos de ações policiais, catalisando o apoio de lideranças oposicionistas a tais medidas.
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