 A Segurança Pública no Brasil, na forma e arquitetura 
institucional vigente remonta o ano de 1709. Neste período, nada ou 
quase nada mudou. O Brasil é o único Pais da América Latina, o 3º no 
mundo em que o regime Democrático impera que não adotou a Polícia de 
Ciclo Completo.
A Segurança Pública no Brasil, na forma e arquitetura 
institucional vigente remonta o ano de 1709. Neste período, nada ou 
quase nada mudou. O Brasil é o único Pais da América Latina, o 3º no 
mundo em que o regime Democrático impera que não adotou a Polícia de 
Ciclo Completo.
Diante deste cenário e considerando os dados do Anuário do Fórum 
Brasileiro de Segurança Pública que aponta que só no ano de 2013 foram 
56.000 assassinatos no Brasil; Considerando que existe no Congresso 
Nacional várias propostas de Emendas Constitucionais que propõem a 
mudança na Arquitetura Institucional, mais notadamente a PEC 431/2014; 
Considerando a temática, a Câmara dos Deputados, por meio da Liderança 
do PDT e em parceria com a Fundação Leonel Brizola, promoveu na Câmara 
dos Deputados o Congresso Internacional para tratar deste tema.
Deputados e especialistas defenderam nesta terça-feira (26), na 
Câmara dos Deputados, o poder de investigação de crimes e de encerrar 
inquéritos policiais para as polícias Militar e Rodoviária. A proposta 
de ampliação do poder de investigação para todas as polícias, debatida 
no Seminário Internacional de Segurança Pública, é conhecida como “ciclo
 completo de polícia”. Hoje apenas as polícias civis têm esse poder.
O deputado Subtentente Gonzaga (PDT-MG), que solicitou a realização 
do evento, explicou que a ideia é aumentar o efetivo de profissionais de
 segurança pública para apurar os crimes que são pouco investigados 
atualmente.
Atualmente, segundo o parlamentar, o índice de elucidação de crimes 
no Brasil é abaixo de 8%. “Hoje muitos dos crimes que começaram a ser 
apurado pela Polícia Militar Brasil afora não serão julgados, porque ela
 não tem competência de entregar essa investigação à Justiça”, apontou. 
“Hoje esse trabalho é entregue à Polícia Civil, que nem sempre dá 
sequência à investigação”, completou.
O deputado assinalou que em países onde o ciclo completo foi 
implantado, como Chile e Portugal, o índice de elucidação de crimes é de
 mais de 80%.
Gonzaga observou que apenas uma mudança na forma de gestão das
 polícias não resolverá o problema de segurança pública, mas é um dos 
passos. “Há um gargalo na forma de atuação das polícias que, se 
resolvido, poderá melhorar a eficácia da sua atuação”, disse.
Ciclo completo
A proposta de ciclo completo de polícia permite que não só as 
polícias civis, mas também as polícia militares e a polícia rodoviária 
federal façam o registro de ocorrência de crimes e investiguem os 
chamados “delitos de rua” e os de menor potencial ofensivo. A ideia é 
aumentar o efetivo de profissionais de segurança pública para apurar 
crimes que são pouco investigados atualmente.
O representante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato 
Sérgio de Lima, afirmou que hoje existe um “ciclo incompleto” nas 
polícias, que “é uma grande evidência da falência do modelo de segurança
 público brasileiro”.
De acordo com Renato Lima, o Brasil é um dos poucos países do mundo a
 adotar esse modelo. “O ciclo completo é a polícia começar um caso e 
poder terminar este caso, levando-o ao Ministério Público e ao Poder 
Judiciário”, explicou. “Hoje a Polícia Militar faz um pedaço deste ciclo
 – o patrulhamento e o flagrante – e tem que levar o caso a um distrito 
policial para fazer a ocorrência, investigar o crime e fazer a 
denúncia.”
Lima ressaltou que, para ser implementando, o ciclo completo precisa 
vir acompanhado de alguns ajustes, como a delimitação de tipos 
específicos de crimes e do território em que cada polícia poderá 
investigar. “Estaremos dando autonomia muito grande para instituições 
que andam armadas. Então, precisamos de instituições fortalecidas, de 
coordenação entre elas, de controle e de transparência”, apontou.
Sistema atual
O representante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato 
Sérgio de Lima, afirmou que o atual sistema de segurança pública é 
ineficiente, com baixas taxas de investigação e de esclarecimentos de 
delitos. “Hoje quem vai preso é quem foi preso em flagrante pela Polícia
 Militar”, salientou. Ele chamou atenção especialmente para o quadro 
endêmico de homicídios no País, que atinge, sobretudo, jovens homens 
negros.
Agência Câmara Notícias
 
 
 
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