Corpo de Neandro foi enterrado em Sulacap (Foto: Janaína Carvalho/G1)
Segundo um primo do policial, que preferiu não ser identificado, Neandro estava há dois anos na Polícia Militar e tinha um amor muito grande pela corporação. "Ele era uma pessoa tranquila, pacata e que amava a profissão, amava a PM. É uma dor muito grande, uma dor insuportável. A polícia não tem equipamento adequado para encarar essa bandidagem e a população, de a forma geral, deveria apoiá-la e não só criticar", disse o primo.
A polícia do Rio confirmou nesta terça-feira (20) que um corpo carbonizado encontrado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, era de Neandro. Dois oito presos no Chapadão, um passou para a polícia detalhes importantes sobre a morte soldado.
O depoimento impressionou a polícia por causa da riqueza de detalhes. O preso contou que, por volta das 3h, um blindado do Batalhão de Operações Especiais (Bope) atravessou a favela. Os criminosos, quando viram, resolveram chamar reforço de traficantes que estavam numa festa longe dali. Foi quando esse reforço chegou que a confusão começou.
Os traficantes chegaram com fuzis para fora dos carros e interditaram a estrada. Os moradores pararam os carros e um deles teve uma reação diferente: deu ré. Nesse momento os traficantes dispararam contra o carro.
O motorista reagiu com tiros e os criminosos entraram no carro e identificaram o policial militar Neandro. O PM foi levado ainda vivo para o alto do morro onde foi queimado dentro de um carro.
Uma foto feita por policiais mostra o momento da prisão dos três homens suspeitos de envolvimento em roubo de cargas e tráfico de drogas no morro do Chapadão. Outros três criminosos foram presos, e dois menores apreendidos. Com eles, os policiais encontraram grande quantidade de drogas e munição.
O carro de Neandro foi abandonado na entrada da Favela Final Feliz, em Costa Barros, com marcas de tiros e sangue. A carteira do PM estava em um dos bancos.
Operação em busca do corpo
A polícia militar chegou a fazer operações no Morro do Chapadão a procura do corpo do soldado. Em uma delas, um Maique da Silva de Souza, de 22 anos, foi morto. Ele não tinha antecedentes criminais.
No mesmo dia, um grupo de pessoas promoveu atos de vandalismo. Quatro ônibus acabaram incendiados. A Divisão de Homicídios também fez buscas no complexo do Chapadão e localizou dois corpos dentro de carros queimados na favela. E um outro, em mais um carro queimado na via light, em Nova Iguaçu.
Exames da arcada dentária
Exames da arcada dentária comprovaram que o corpo era de Neandro. O resultado foi divulgado nesta terça-feira. A mulher do policial chegou a fazer um apelo por informações sobre o paradeiro do marido em uma rede social. No fim da tarde, depois do reconhecimento de Neandro, a mulher esteve no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu.
O governador Luiz Fernando Pezão disse que a ocupação policial do complexo do chapadão só deve acontecer em abril do ano que vem, antes das Olimpíadas e que por enquanto o exército ajuda com o serviço de inteligência. Não houve um pedido para que as tropas militares entrem no complexo.
“Antes das Olimpíadas, abril maio a gente começa uma operação forte, mais forte ali, mas isso já começa agora. Essa parceria com a PRF, com a PF, deslocamento de mais policiais da PRF, helicóptero da Polícia Federal, inteligência da PF com mais homens. Eles já tem ali uma experiência, quem pegou o Playboy ali foi a polícia federal junto com a nossa área de inteligência.”
Tem alguma notícia para compartilhar? Envie para o VC no G1 RJ ou por Whatsapp e Viber.
PM Neandro estava desaparecido desde o dia 12
(Foto: Reprodução/TV Globo)
O corpo do policial militar Neandro
Oliveira foi sepultado no fim da manhã desta quarta-feira (21) sob clima
de forte emoção. Momentos antes do enterro, a mãe do PM, que estava
muito abalada, desmaiou e precisou ser socorrida por médicos. A viúva do
militar, que está grávida de três meses, chorava muito e gritava que o
PM era o grande amor da sua vida. Neandro era lotado no 31º BPM e
diversos colegas de profissão compareceram ao funeral para prestar a
última homenagem ao agente. O PM desapareceu no último dia 12, depois de
sair da casa da mãe, em Mesquita, na Baixada Fluminense, em direção ao
trabalho, no Recreio dos Bandeirantes. O corpo de Neandro foi encontrado
carbonizado dentro de um carro e apenas nesta terça (20), após o
resultado do exame de DNA, foi possível confirmar que o corpo era
realmente do soldado desaparecido.(Foto: Reprodução/TV Globo)
Segundo um primo do policial, que preferiu não ser identificado, Neandro estava há dois anos na Polícia Militar e tinha um amor muito grande pela corporação. "Ele era uma pessoa tranquila, pacata e que amava a profissão, amava a PM. É uma dor muito grande, uma dor insuportável. A polícia não tem equipamento adequado para encarar essa bandidagem e a população, de a forma geral, deveria apoiá-la e não só criticar", disse o primo.
PMs prestam última homenagem a Neandro (Foto: Janaína Carvalho/G1)
A polícia do Rio confirmou nesta terça-feira (20) que um corpo carbonizado encontrado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, era de Neandro. Dois oito presos no Chapadão, um passou para a polícia detalhes importantes sobre a morte soldado.
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"O policial se sentiu com medo se sentiu acuado e deu a ré, quando ele deu a ré os bandido (sic) atirou e ele revidou,” contou.O depoimento impressionou a polícia por causa da riqueza de detalhes. O preso contou que, por volta das 3h, um blindado do Batalhão de Operações Especiais (Bope) atravessou a favela. Os criminosos, quando viram, resolveram chamar reforço de traficantes que estavam numa festa longe dali. Foi quando esse reforço chegou que a confusão começou.
Os traficantes chegaram com fuzis para fora dos carros e interditaram a estrada. Os moradores pararam os carros e um deles teve uma reação diferente: deu ré. Nesse momento os traficantes dispararam contra o carro.
O motorista reagiu com tiros e os criminosos entraram no carro e identificaram o policial militar Neandro. O PM foi levado ainda vivo para o alto do morro onde foi queimado dentro de um carro.
Uma foto feita por policiais mostra o momento da prisão dos três homens suspeitos de envolvimento em roubo de cargas e tráfico de drogas no morro do Chapadão. Outros três criminosos foram presos, e dois menores apreendidos. Com eles, os policiais encontraram grande quantidade de drogas e munição.
O carro de Neandro foi abandonado na entrada da Favela Final Feliz, em Costa Barros, com marcas de tiros e sangue. A carteira do PM estava em um dos bancos.
Operação em busca do corpo
A polícia militar chegou a fazer operações no Morro do Chapadão a procura do corpo do soldado. Em uma delas, um Maique da Silva de Souza, de 22 anos, foi morto. Ele não tinha antecedentes criminais.
No mesmo dia, um grupo de pessoas promoveu atos de vandalismo. Quatro ônibus acabaram incendiados. A Divisão de Homicídios também fez buscas no complexo do Chapadão e localizou dois corpos dentro de carros queimados na favela. E um outro, em mais um carro queimado na via light, em Nova Iguaçu.
Exames da arcada dentária
Exames da arcada dentária comprovaram que o corpo era de Neandro. O resultado foi divulgado nesta terça-feira. A mulher do policial chegou a fazer um apelo por informações sobre o paradeiro do marido em uma rede social. No fim da tarde, depois do reconhecimento de Neandro, a mulher esteve no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu.
O governador Luiz Fernando Pezão disse que a ocupação policial do complexo do chapadão só deve acontecer em abril do ano que vem, antes das Olimpíadas e que por enquanto o exército ajuda com o serviço de inteligência. Não houve um pedido para que as tropas militares entrem no complexo.
“Antes das Olimpíadas, abril maio a gente começa uma operação forte, mais forte ali, mas isso já começa agora. Essa parceria com a PRF, com a PF, deslocamento de mais policiais da PRF, helicóptero da Polícia Federal, inteligência da PF com mais homens. Eles já tem ali uma experiência, quem pegou o Playboy ali foi a polícia federal junto com a nossa área de inteligência.”
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Policiais isolam área onde foram achados carros com corpos carbonizados no Chapadão (Foto: Reprodução/TV Globo)
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