Em
entrevistas aos jornalistas Denise Rothenburg e Leonardo Cavalcante,
publicada no jornal Correio Braziliense, o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso avaliou o resultado das eleições municipais e disse que
os resultados não credenciam o governador Geraldo Alckmin
automaticamente para a disputa presidencial.
Sobre a crise que atingiu o Partido dos Trabalhadores, FHC, que foi
um dos articuladores do golpe parlamentar de 2016, afirmou não desejar o
fim da legenda. “Dos nossos partidos, o que era mais partido era o PT,
mais organizado e tal. Mas, de liderança, o problema do PT é que ele
sofreu um baque. O PT volta a ser o que era o PT no começo, quando o
Lula não tinha tanta força”, afirmou.
“O PT tem um certo enraizamento nos movimentos sociais, mas
principalmente na burocracia e professorado. Vai encolher, mas eu não
acho bom que acabe. O certo é o partido fazer uma revisão. O maior
problema do PT é a ideia de hegemonia, pois torna o partido não
democrático. Eles acomodavam os partidos que eram seus aliados ao seu
interesse principal, que era mandar.”
FHC também afirmou que uma eventual prisão de Lula seria ruim para o
País. “Eu não quero falar disso. Eu acho que o Lula fez tanta coisa
contra ele mesmo, não sei o que ele fez, espero que não chegue a tal
ponto, mas eu não sou juiz. O juiz tem limite, o fato. Eu não conheço os
fatos e nem quero conhecer, prefiro não saber. É claro que é ruim para o
país, você ter alguém que é um líder, ter um momento de tanta angústia.
Eu não sou desse estímulo, não gosto de espezinhar”, afirmou.
R. Pires
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