Em quase todos os casos os criminosos ainda não foram identificados ou presos
Sérgio Costa
Foto: Divulgação / PM
A violência desenfreada que atingi o Estado do Rio
Grande do Norte há muito tempo parece não poupar nem mesmo aqueles que
combatem de frente a insegurança. Somente nos últimos quatro meses cinco
policiais militares da ativa foram assassinados, todos eles vítimas de
tiros e a maioria dos casos os suspeitos não foram identificados ou
presos.
O primeiro PM morto nesse período foi o Cabo Ivan Márcio
da Costa, lotado no 3° Batalhão. Ele tentou evitar um assalto de malotes
em um banco em Parnamirim quando acabou surpreendido por um dos
assaltantes que atirou. O fato ocorreu em Dezembro do ano passado. O
segundo registro foi no final do mês de Janeiro deste ano de 2017 o
soldado Daniel de Oliveira Pessoa fazia um serviço extra em um shopping
na zona Norte e foi morto ao tentar evitar um assalto a uma loja de
jóias.
O terceiro foi o Sargento Jackson Sídney Botelho,
assassinado dentro de uma lanchonete, na cidade de Ceará-Mirim em
Fevereiro. Cinco dias depois o alvo foi o Cabo Edmilson Nascimento de
Oliveira Júnior, baleado nas costas quando também tentava evitar um
assalto em um bar no bairro Neópolis zona Sul de Natal. O caso mais
recente aconteceu na cidade de Parelhas, o Cabo José Borges Neto foi
morto dentro de casa na frente da mulher e da filha. O suspeito também
morreu após confronto com a polícia local.
O presidente da ACS (
Associação dos Cabos e Soldasos da PM RN) declarou que o que vem
acontecendo é uma verdadeira caça aos policiais militares, que além de
amargarem as péssimas condições de trabalho e salariais ainda estão
sendo ameaçados nos bairros onde moram e mortos. "A categoria está em
alerta máxima e já não aguenta mais esperar uma resposta de efeito por
parte das autoridades governamentais. Até quando vamos ver os
verdadeiros protetores da ordem e da paz sangrarem até a morte e
deixarem suas famílias por causa da negligência do Estado? Já basta",
disse.
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil do Estado,
Clayton Pinho as investigações correm em rítimo acelerado, porém de
forma criteriosa para que todos os envolvidos nessas mortes sejam
presos. "Nossas equipes estão empenhadas nas buscas desses suspeitos e
enquanto todos os envolvidos não estiverem atrás das grades a Polícia
Civil não irá descansar", relatou.
Portal BO
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