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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Secador de mão de shoppings joga fezes

Os secadores de mão de banheiro são comumente usados como uma opção mais sustentável do que as toalhas de papel, mas um novo estudo científico concluiu que o aparelho espalha partículas de fezes ao ser usado.
Publicada pela Sociedade Americana de Microbiologia na revista “Applied and Environmental Microbiology”, a pesquisa investigou secadores de mão de banheiros públicos da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, para saber o quanto de bactérias nocivas essas máquinas espalham.
De acordo com o estudo, tudo começa quando as pessoas acionam a descarga sem tampar o vaso sanitário depois de irem ao banheiro. Com o vaso destampado, as partículas de bactérias fecais são lançadas no ar. Quando o secador é ligado, a máquina puxa e aquece o ar contaminado do ambiente, antes de expelir de volta nas mãos de um usuário.
Durante o estudo, os pesquisadores usaram placas para coletar o ar expelido por secadores de mão de banheiros de três áreas diferentes da universidades. As placas que foram expostas ao secador por 30 segundos tiveram uma média de 18 a 60 colônias de bactérias. Placas em contato com o ar do banheiro por dois minutos, com os secadores desligados, tiveram uma ou menos colônia coletada. Já as placas expostas ao ar do banheiro sob efeito de um pequeno ventilador por 20 minutos tiveram média de 15 a 12 colônias por placa em dois edifícios testados.
Os pesquisadores concluíram que instalação de secadores de mãos com filtros de ar de alta eficiência pode reduzir a quantidade de bactérias distribuídas. No entanto, placas coletadas com essa configuração ainda coletaram bactérias o que intensifica a tese de que secadores de mão sempre serão uma ameaça em potencial para a saúde.
“Esses resultados indicam que muitos tipos de bactéria, incluindo potenciais patógenos e esporos, estruturas produzidas por bactérias, podem ser lançadas nas mãos das pessoas por secadores de banheiro. Esporos também podem ser espalhados entre prédios e lançados nas mãos das pessoas pelos secadores”, diz o estudo.
O Globo

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