Por Glaucia Paiva
O título deste post é oriundo de uma
série de TV que nos remete à realidade dos servidores da Segurança
Pública – não apenas do Estado, mas de todo o Brasil.
No dia em que a Polícia Militar do RN
perde mais um Herói, o portal G1 nacional postava uma matéria sobre o
número de policiais mortos no Rio de Janeiro (Janeiro chega ao último dia com alta de 80% no número de PM’s mortos no RJ).
Os números, de fato, são preocupantes, e
mais preocupante ainda é o fato de uma pessoa tirar a vida de outra
apenas pelo fato desta ter jurado servir e proteger a sociedade,
defender a lei e a ordem, mesmo com o risco da própria vida.
“Mesmo com o risco da própria vida”
– são essas as palavras que nos transformam – nós policiais, em Heróis,
pois somos nós que corremos para o perigo quando todo mundo foge dele.
Somos nós que corremos em direção a um intenso tiroteio para defender o
bem e o patrimônio de uma pessoa que nem conhecemos. De fato somos
Heróis, pois, mesmo com tantas dificuldades – salários atrasados, falta
de efetivo, viaturas sucateadas, poucas munições, entre outros problemas
– somos a linha de frente no combate à criminalidade.
Assim foi com o Soldado Daniel de
Oliveira Pessoa que, ao perceber a ação de criminosos, tentou proteger o
patrimônio de um estabelecimento comercial em um shopping da cidade.
Honrou o seu juramento em todos os seus
sete anos, seis meses e cinco dias que serviu à corporação e à
sociedade. Recebeu elogios pelo desempenho de suas atividades. Mas por
trás desse homem, que prometeu “cumprir rigorosamente as
ordens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar-se
inteiramente ao serviço policial militar, à manutenção da ordem pública e
à segurança da comunidade, mesmo com o risco da própria vida”, está um pai, um esposo, um filho, um irmão…
Pelo vídeo divulgado nas redes sociais,
não resta dúvidas de que o Soldado Pessoa morreu simplesmente pelo fato
de ser policial, de ser um defensor da lei e da ordem.
Infelizmente, somos Heróis diferentes
daqueles que vemos nas histórias em quadrinhos. Não temos armadura de
aço. Não temos superpoderes. Não temos nenhum atributo especial, senão
aquela vontade de defender as pessoas contra as ações de criminosos,
mesmo que isso nos custe nossas vidas.
Mas no nosso caso, os nossos Heróis também precisa serem salvos.
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