G1/RN
O
ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, veio a Natal, nesta
quinta-feira (2), e anunciou o início das operações do Plano
Nacional de Segurança. No Rio Grande do Norte, as ações
operacionais de combate à violência serão desencadeadas a partir
de 15 de fevereiro pela Força Nacional em conjunto com as polícias
Civil e Militar.
Alexandre
de Moraes informou que mais agentes da Força Nacional irão atuar no
Rio Grande do Norte. De acordo com ele, o próprio Ministério da
Justiça pagará Diária Operacional dos policias militares,
policiais civis e peritos criminais que atuarem nas operações do
Plano de Segurança.
Essas
operações terão como foco inicial operações para cumprimento de
mandados de prisão de homicidas, latrocidas e contra o crime
organizado, bem como apreensão de armas.
O
Plano Nacional de Segurança tem investimentos para a segurança
pública e para o sistema penitenciário. O ministro destacou que R$
45 milhões já foram repassados para os estados, inclusive para o
RN, no dia 29 de dezembro.
"O
Rio Grande do Norte recebeu esses R$ 45 milhões para investir em
construção de presídios e em equipamentos e armamentos. Estamos, a
partir de agora, liberando mais um valor significativo para todos os
estados. Um valor que chega a R$ 150 milhões para bloqueadores de
celulares, R$ 80 milhões para scanners para impedir que entrem
instrumentos, armas e drogas nos presídios e mais R$ 78 milhões
para tornozeleiras eletrônicas, exatamente para possibilitar que
aqueles que não necessitam estar dentro das penitenciárias possam
ter uma viabilidade fora monitorado", disse Alexandre de Moraes.
O
Plano Nacional de Segurança, de acordo com o ministro, vem sendo
elaborado nos últimos oito meses com participação dos secretários
de segurança, secretários de Justiça e assuntos penitenciários,
procuradores de Justiça, comandantes de Polícia Militar e chefes de
Polícia Civil, visando o combate aos homicídios, feminicídios,
violência contra a mulher e sistema penitenciário.
"Além
dos investimentos, o Plano tem a atividade operacional policial. Os
nossos agentes de inteligência estão desde dezembro em Natal, junto
com a inteligência da Polícia Civil e Polícia Militar do estado,
mapeando as primeiras operações que começarão a ocorrer em 15 de
fevereiro. Teremos mais agentes da Força Nacional, sem retirar
ninguém dos estados. Policiais militares, policiais Civil e peritos
criminais também ganharão diárias como a Força Nacional, o que
fortalece a união entre estados e Governo Federal e dá uma condição
melhor de trabalho às forças policiais".
Sistema
Penitenciário
Sobre a crise no Sistema Penitenciário, Alexandre de Moraes declarou que, mesmo antes das rebeliões registradas neste ano no Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte, o Ministério da Justiça vinha atuando para reverter o quadro.
Sobre a crise no Sistema Penitenciário, Alexandre de Moraes declarou que, mesmo antes das rebeliões registradas neste ano no Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte, o Ministério da Justiça vinha atuando para reverter o quadro.
"Nós
estávamos trabalhando junto com os estados pela modernização do
sistema penitenciário, determinado a transferência fundo a fundo,
antes da crise, mas a situação do Sistema Penitenciário é muito
ruim cronicamente, isso tem muito tempo. Temos que trabalhar e ganhar
o tempo perdido, trabalhar motivando os policiais, motivando os
agentes penitenciários. Obviamente, não se resolve só com
construção de presídios, mas se agrava muito se eles não forem
construídos. Então, nós vamos construir e equipar os
estabelecimentos prisionais e vamos atuar na outra ponta, com
parceria com Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria
Pública para que possamos retirar presos que não necessitam estar
lá".
Ele
informou também que foi criada uma Força Tarefa das defensorias
públicas da União com os estados, tendo 75 defensores públicos.
"Eles estarão do dia 6 a 16 em Manaus para verificar todos os
processos de execução penal do Amazonas e de lá vêm para o Rio
Grande do Norte para da mesma forma verificar todos os processos de
execução penal do Estado. Vamos fazer um trabalho conjunto para que
possamos separar aqueles que precisam estar nas penitenciárias aos
que não precisam. Não podemos continuar dando soldados à
criminalidade organizada, colocando junto com presos perigos, como
narcotraficantes, aqueles que praticaram crimes sem violência ou
ameaça e, obviamente, ao entrarem nas penitenciárias, serão
recrutados".
O
Plano Nacional de Segurança será permanente em todos os estados.
Para este ano, o ministro Alexandre de Moraes garantiu que há
recursos assegurados para mantê-lo. "No próximo ano,
mantendo-se o orçamento, ele está garantido. Essa é uma parceria
histórica entre Governo Federal e governos dos estados atuando
contra a criminalidade".
Fachin
na Lava JatoDurante a entrevista de apresentação do Plano Nacional de Segurança em natal, Moraes comentou o sorteio do ministro Edson Fachin para a relatoria da Operação Lava Jato. Ele afirmou que o governo recebeu "com absoluta tranquilidade" o nome de Fcahin como relator. "Todos os ministros têm competência, têm absoluta lisura e imparcialidade para analisar não só esse caso como todos os outros", disse.
Ele falou ainda sobre a possibilidade de assumir a vaga no STF deixada pelo ministro Teori Zavascki, que morreu em um acidente aéreo no dia 19 de janeiro. "Eu fico muito lisonjeado, muito honrado com a lembrança do meu nome para eventualmente ocupar uma vaga na Suprema Corte, mas agora eu tenho uma missão que é o ministério da Justiça e auxiliar os estados a combater a insegurança pública".
Nenhum comentário:
Postar um comentário