Como será o amanhã
No Brasil, ensinava um lúcido ministro da Fazenda, Pedro Malan, até o
passado é imprevisível. O que Malan não disse é que o futuro, esse sim,
é previsível: seja qual for o resultado da campanha contra Michel
Temer, o Brasil continuará sendo governado pelo PMDB. E continuará
discutindo Renan, Geddel, Romero Jucá, Eunício e outros luminares da
política.
O PMDB esteve no governo de Fernando Henrique, teve presença maior
com Lula, cresceu com Dilma, é dominante com Temer: tem o presidente, os
ministros mais importantes, e comanda até a oposição, com Jarbas
Vasconcelos, em nome da ética, e Requião, muito próximo do PT. Tem os
articuladores do Fica, Temer, como Moreira Franco e Eliseu Padilha, e os
articuladores do Fora, Temer, como Renan e Sérgio Zveiter, relator da
aceitação ou não da denúncia. Tem intimidade com o poder. Renan vem da
época de Collor, e só não participou do governo Itamar. Geddel foi
ministro de Lula, vice-presidente da Caixa com Dilma, ministro com
Temer. Jucá, como o patriarca do partido, Sarney, é cria do regime
militar.
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