Há oito anos, elas administram com maestria quase 100 metros quadrados de terra
Estamos falando de Alessanda Farias, Maria do
Socorro (Corrinha), Damiana Veríssimo, Maria das Dores Veríssimo e
Josilene Ferreira. Há oito anos, elas administram com maestria quase 100
metros quadrados de terra. Lá, elas cultivam quase tudo. O solo fértil
produz batata, macaxeira, cheiro verde, alface, berinjela, hortaliças em
geral; frutas como caju, acerola, maracujá, mamão, morango; e plantas
medicinais a exemplo da hortelã, mastruz, malva risco, dipirona, entre
outras. Contudo, para que elas chegassem ao sucesso de hoje, o caminho
foi árduo. “Esse pedaço de terra foi adquirido pelo meu irmão e marido
há muitos anos. Foram eles que deram início a uma hortinha para garantir
nossa sobrevivência com o que a terra dava. Nós íamos buscar água no
açude com baldes e latas carregados nas nossas cabeças para aguar a
plantação. Hoje temos essa lindeza”, disse Alessandra. Damiana Veríssimo
acrescenta. “Desde 2010 estamos tomando conta dessa horta. Me sinto
feliz por trabalhar, vender nossos produtos na feira agroecológica de
Caraúbas e dividir com meu marido nas despesas da casa de igual para
igual”. Assim como Alessandra e Damiana, Corrinha e Maria das Dores
também trabalham no local. “Chegamos aqui bem cedinho e no final da
tarde para arar a terra, colher os produtos para levar para casa e para a
feira, e também para plantar mais”, disse Maria das Dores. Corrinha
acrescenta: “Somos felizes aqui. Somos guerreiras e a nossa união irá
nos levar muito longe”. Elas formaram o grupo de mulheres “Unidas pela
Paz”.
Além da horta, as agricultoras ainda mantêm uma
cozinha que foi construída na comunidade para a fabricação de doces e
salgados. Quem comanda o espaço é Josilene Ferreira, que se afastou da
horta para se dedicar exclusivamente à cozinha. “Aqui nós fazemos bolo
de macaxeira, mamão, batata, biscoitos, doces e salgados em geral.
Levamos esses produtos para serem vendidos na feira de Caraúbas e até
aceitamos encomendas”, disse.
Damiana também tem histórias para contar. “Meu
marido nunca gostou desse meu serviço. Mas eu sou batalhadora e não dei
atenção para as besteiras que falava. Hoje eu tenho o mesmo peso que ele
dentro da nossa casa. E crio todos os meus filhos mostrando que nós,
mulheres, estamos de igual para igual com os homens”. 
Por Tádzio Estevam (Assessor de Comunicação da Diaconia)
O Câmera
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