O projeto eleitoral de Bolsonaro
mudou de patamar. Há uma semana, frequentava as pesquisas em situação
paradoxal. No primeiro turno, era bicho-papão. Depois, era papado. Isso
mudou. Na mais recente pesquisa do Ibope, Bolsonaro
aparece como uma assombração competitiva também no segundo turno. Abriu
cinco pontos de vantagem sobre Marina. E emparelhou com Alckmin, Haddad e Ciro.
Bolsonaro não é mais um azarão do segundo round. Hospitalizado há
duas semanas, reduziu a taxa de polêmicas em que se metia. Nessa fase,
também foi poupado de ataques dos rivais na primeira semana pós-facada.
Seus oito segundos na propaganda eleitoral tornaram-se uma vasta
exposição jornalística. Voltou às redes sociais como paciente sofrido. O
timbre lacrimoso suavizou-lhe a arrogância.
No seu penúltimo vídeo, veiculado no domingo passado, Bolsonaro
atiçou sua rivalidade com Lula e o petismo. Acertou no olho da mosca,
pois a transferência de eleitores do presidiário de Curitiba para o seu
poste avança aceleradamente. Em uma semana, Haddad deu um salto de 11
pontos, isolando-se na vice-liderança com 19%. O capitão oscilou
novamente para o alto, batendo em 28%.
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