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14/09/2011 -

Proposta do governo do RS não anima a PM gaúcha

Os policiais militares do Rio Grande do Sul, que possuem o pior salário do Brasil, após a realização de diversos protestos para reivindicar melhores salários, receberam uma proposta de aumento do governo gaúcho. A proposta foi apresentada, na última segunda-feira, aos representantes das categorias da Brigada Militar pelo chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, e prevê um abono linear de R$ 300, pago em duas parcelas, de R$ 140, em outubro, e R$ 160, em abril, para soldados, sargentos e tenentes.

Para a categoria dos soldados, a proposta contempla o reajuste salarial de 25% que era exigido. Mas, no entanto, não há data prevista para que o abono seja incorporado ao salário das categorias. O cronograma de pagamento e outros assuntos pendentes devem ser discutidos em uma nova reunião amanhã.

De acordo com Leonel Lucas, presidente da Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (ABAMF), que representa os cabos e soldados gaúchos, a proposta foi bem recebida. No entanto, ainda falta contemplar as exigências em relação às promoções para soldados e ao calendário de pagamentos de 2014. “A categoria não está plenamente satisfeita, mas é um começo. Ainda vamos nos decidir se aceitamos ou não a proposta”, disse Lucas.

Já o presidente da Associação dos Sargentos Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM), Olívio Moura, afirmou que o governo se comprometeu a incorporar o abono aos salários até o final do mandato. “Recebemos a garantia que, até o final deste governo, esta vantagem será incorporada aos vencimentos”, afirmou Olívio.

Na opinião do diretor da ACS, Cabo Queiroz, a proposta salarial do Governo do RS a Brigada Militar merece mais respeito das autoridades gaúchas, os policiais militares do Rio Grande do Sul possuem o pior salário pago a praças do país e nem com esse aumento eles deixarão ser os últimos no ranking salarial das polícias brasileiras. “Essa proposta salarial beira ao absurdo, chega a ser vergonhoso. A polícia do RS tem o pior salário pago a praças, mas também possui o melhor e mais alto salário pago a coronéis”, disse Queiroz.

A categoria gaúcha reivindica o equivalente a bolsa formação (R$400) implantado ao salário base, o que, inclusive, foi promessa de campanha do governador do RS, Tasso Genro (PT/RS). O governo está oferecendo um abono de R$300 no salário final e ainda dividido em duas parcelas. Apesar do presidente da ABAMF declarar que esta é uma proposta viável, a tropa não concorda. A categoria terá uma assembleia geral hoje, às 8h, e apresentará uma nova proposta ao governo estadual e mostrará que o movimento está se intensificando a cada dia no Rio Grande do Sul com a participação de cada policial.