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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

PM começa abordagens nos ônibus

PM começa abordagens nos ônibus

Grupos de elite da Polícia Militar iniciaram na tarde de ontem (18), uma operação de abordagem para coibir e impedir ações criminosas dentro dos transportes coletivos. A barreira reuniu inicialmente 60 homens do Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE), junto ao Batalhão de Polícia de Choque (BP Choque), Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) e Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o efetivo abordou ônibus de linha, de viagem, carros de passeio e motocicletas ao longo da Avenida Bernardo Vieira. A ação durou duas horas.
A medida foi anunciada pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Canindé de Araújo, após a morte do motorista Francisco Izaque de Faria, 37, assassinado na última sexta-feira (15) em Parnamirim, na região metropolitana. De acordo com o comandante, a “Operação Saturação” têm  intenção de fazer abordagens táticas para evitar principalmente os assaltos à ônibus. “Esta operação irá acontecer todos os dias em locais variados da cidade, serão pontos estratégicos e em horários variados. O principal elemento é o fator surpresa. As abordagens irão durar no máximo duas horas em um único lugar”, afirma Araújo. 
Após esta primeira operação, o grupo de elite foi subdividido e encaminhado para três avenidas de grande circulação - a rua Doutor Mário Negócio, no bairro das Quintas, zona Leste de Natal;  ponte de Igapó nos dois sentidos e avenida Bom Pastor, no bairro de mesmo nome. Às 20h, mais seis grupos da PM deram continuidade a operação em outros seis locais da cidade. Um deles foi a avenida Prudente de Morais, onde três homens que circulavam em um carro roubado foram presos.

Ainda a tarde, o primeiro ônibus a ser vistoriado foi um da linha 79, da empresa Guanabara, que seguia em direção a Zona Norte. Do ônibus que estava lotado, 17 homens precisaram descer para revista pelos policiais. A indicação era para que as pessoas fossem até a lateral do ônibus, encostasse as duas mãos nos veículo. Os pertences eram colocados à frente. Quem era revistado era liberado. 

 “Nós observamos se existe alguma atitude suspeita, a primeira coisa a se fazer é o contato visual, a partir daí é feita uma triagem, algumas vezes pedimos para os condutores pararem os veículos, após isso verificamos os documentos e revistamos o automóvel, tudo é feito de maneira precisa e pacífica”, explica o Major Castelo Branco, que participou da ação.

O fotógrafo Raimundo Dias, 43, estava em um dos ônibus que foram vistoriados e foi revistado. Ele destaca a importância de abordagens como essa. “É importante haver esse tipo de operação, mas também é importante que nós, como cidadãos, colaboremos. Quando houver algum assalto ou ação violenta precisamos prestar queixa, para deixar tudo registrado. Hoje, saio de casa pedindo a Deus para não ser assaltado”, diz. 

Já o comerciante Francisco Lucio da Silva, 45, que também foi revistado pela PM, acredita que a ação deveria acontecer durante todo o ano e mais vezes ao dia. “Sabemos que este tipo de ação só irá durar algumas semanas, sempre é a mesma coisa. Queremos segurança o ano inteiro”, reclama. 

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