Mesmo sem ter comparecido uma vez sequer à Câmara no primeiro
semestre de 2016, o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) recebeu mais de R$
200 mil da Casa entre salários e verba para cobrir despesas atribuídas
ao exercício do mandato, como passagens aéreas e aluguel de veículo.
Antes de se licenciar do mandato, em 18 de abril, em razão de uma
cirurgia na coluna, Aníbal faltou aos 36 dias em que sua presença foi
exigida em plenário para votações. Todas as suas faltas foram abonadas
pela Câmara com a apresentação de atestado médico. Em junho, o deputado
foi denunciado formalmente ao Supremo Tribunal Federal (STF), por
corrupção, com base nas investigações da Operação Lava Jato. Essa e
outras histórias são contadas na 24ª edição da Revista Congresso em
Foco.
As justificativas das faltas garantiram ao peemedebista mais de R$
100 mil em salários, de janeiro a abril. No mesmo período, a Câmara
bancou outros R$ 100 mil em despesas de Aníbal, por meio da chamada Cota
para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap). Foram R$ 32 mil
apenas com o aluguel de uma caminhonete Amarok utilizada por ele no
Ceará e outros R$ 32 mil em passagens aéreas, quase sempre entre
Brasília e Fortaleza. A assessoria do deputado alega que ele esteve na
capital federal, mesmo sem registrar presença na Câmara, para resolver
problemas pontuais.
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