A despeito de ter quase a mesma carga tributária que países como o
Reino Unido, por exemplo, o Brasil é um dos países mais ineficazes na
redução da desigualdade de renda, beneficiando mais a camada mais rica
da população.
É o que conclui um estudo da Seae (Secretaria de Acompanhamento
Econômico), do Ministério da Fazenda, publicado nesta sexta-feira (8),
que classifica o país como um “Robin Hood às avessas”.
“Em vez de tributar os mais ricos para distribuir para os mais
pobres, [o Brasil] termina tributando a todos para distribuir via
transferência monetária, em especial aposentadorias e pensões, para a
metade mais rica da população”, afirma o levantamento.
De acordo com o documento, o país gasta cerca de 12% do PIB (Produto
Interno Bruto) com programas de transferência de renda, o que inclui
aposentadorias (que representam 83% do total) e programas sociais como
seguro-desemprego e Bolsa Família.
Apesar disso, a diferença entre a carga tributária e essas
transferências contribui para reduzir o índice de Gini, indicador que
mede a desigualdade, em apenas 17%.
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